Bahia tem menor proporção de estudantes que sofrem bullying
Problema afeta mais mulheres e alunos da rede privada
Na Bahia, 1 em cada 3 adolescentes que estudavam disse ter sofrido bullying na escola, isto é sentiu-se humilhado/a por provocações de colegas pelo menos uma vez nos 30 dias anteriores à entrevista da PeNSE (34,1%), segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2019, divulgada nesta sexta-feira (10) pelo IBGE.
Foi o menor percentual entre os estados. No Brasil como um todo, quase 4 em cada 10 estudantes de 13 a 17 anos disseram ter sofrido bullying na escola, ao menos uma vez recentemente (39,1%). Tocantins (43,17%), Paraíba (41,8%) e São Paulo (41,6%) lideravam o ranking.
Tanto na Bahia quanto no Brasil, as mulheres eram proporcionalmente mais vítimas de bullying que os homens. No estado, 36,7% das escolares relataram ter sido humilhadas na escola; entre os homens a proporção foi de 31,2%.
O problema também afetava mais os estudantes da rede privada. Na Bahia, 38,9% dos adolescentes de escolas privadas disseram ter sofrido bullying pelo menos uma vez recentemente, frente a 33,5% na rede pública.
Em Salvador, a proporção de adolescentes que disseram ter sofrido bullying na escola ao menos uma vez nos 30 dias anteriores à pesquisa foi discretamente maior que no estado como um todo (35,6%), ainda assim, era a 4ª menor entre as capitais.
Ficava acima apenas de Porto Alegre/RS (34,3%), Florianópolis/SC (34,9%) e Belo Horizonte/MG (35,3%). No outro extremo, João Pessoa/PB (43,4%), Rio Branco/AC (42,8%) e Porto Velho/RO (41,6%) lideravam esse ranking.
Na capital baiana, sofrer bullying também foi mais frequente entre mulheres (38,2%) do que homens (32,9%), mas praticamente não houve diferença entre rede privada (35,9%) e pública (35,5%).
A aparência era a principal causa de humilhação. Na Bahia, 15,6% dos escolares que sofreram bullying indicaram como motivo a aparência do corpo e 10,7%, a do rosto; em Salvador, 19,0% indicaram a aparência do corpo e 11,4%, a do rosto.
A ocorrência do cyberbullying foi menos frequente do que a do bullying na escola. Na Bahia, em 2019, 1 em cada 10 escolares de 13 a 17 anos (11,9%) disse ter se sentido ameaçado, ofendido ou humilhado nas redes sociais ou aplicativo de celular, nos 30 dias anteriores à pesquisa. Foi o terceiro menor percentual dentre os estados e um pouco abaixo do nacional (13,2%).
As mulheres (14,3%) relataram mais o problema do que os homens (9,3%), e os estudantes de escolas públicas (12,0%) um pouco mais que na rede privada (11,4%).
Em Salvador, o cyberbullying também foi um pouco mais frequente do que no estado como um todo, informado por 13,4% dos escolares de 13 a 17 anos. Foi mais relatado pelas mulheres (16,6%) do que pelos homens (10,2%) e por estudantes da rede pública (14,3%) do que privada (11,3%).
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