Após naufrágio, Prefeitura anuncia adiamento de festa em Madre de Deus
A decisão foi anunciada após uma reunião no auditório da cidade
A Prefeitura de Madre de Deus, cidade na Região Metropolitana de Salvador (RMS), anunciou, na quarta-feira (24), o adiamento do último final de semana do evento Madre Verão para o início de fevereiro. A decisão foi tomada após oito pessoas morrerem em um barco que naufragou, na noite de domingo (21), na Baía de Todos-os-Santos. As vítimas, seis adultos e duas crianças, estavam na festa e retornavam para casa quando aconteceu o acidente marítimo.
De acordo com a prefeitura, a continuação do evento que aconteceria nos próximos sábado (26) e domingo (27), será nos dias 2 e 3 de fevereiro, na orla da cidade. A gestão municipal confirmou ainda que será realizado o Madre Verão Cultural no dia 1° de fevereiro, também na orla do município.
A decisão foi anunciada após uma reunião no auditório da cidade, que contou com as presenças do prefeito Dailton Filho, vereadores, secretários e dos ambulantes credenciados no Madre Verão. Dailton Filho informou que haverá mudanças na programação do Madre Verão, que está em fase de negociação, mas isso não vai afetar o andamento do evento. Um ato ecumênico em homenagem às vítimas ficou programado para ser realizado na Arena Madre Verão, no sábado (3), às 18h.
A Marinha do Brasil, por meio do Comando do 2° Distrito Naval, informou que encerrou, na terça-feira (23), as buscas pelos sobreviventes do naufrágio. As buscas foram finalizadas porque não há mais indícios de desaparecidos. Os corpos da sétima e oitava vítimas do naufrágio foram encontrados por pescadores, também na terça-feira, próximo à Ilha de Maria Guarda, também na região metropolitana.
De acordo com a Marinha, participaram das buscas 39 militares da MB, um Aviso de Patrulha e uma Lancha de Inspeção Naval Blindada do Grupamento de Patrulha Naval do Leste, três Lanchas de Inspeção Naval e uma Moto Aquática da Capitania dos Portos da Bahia (CPBA), que coordenou as ações de Busca e Salvamento. Além disso, também participaram das buscas uma embarcação da Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (COPPA-PMBA) e uma aeronave do Grupamento Aéreo (GRAER).
O órgão informou que instaurado um Inquérito sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) para apurar as causas e circunstâncias do acidente, com prazo de encerramento em até noventa dias. Concluído o procedimento, os documentos serão encaminhados ao Tribunal Marítimo.
A Polícia Civil investiga se houve excesso de passageiros na embarcação. Ainda não há informações sobre quantas pessoas estavam, de fato, na embarcação, que comportava 10 passageiros e um tripulante. A Marinha do Brasil tinha informado que a embarcação fazia transporte irregular de passageiros. O veículo "Gostosão FF" é inscrito na classe "saveiro", para uso exclusivo em atividades de esporte ou recreio. Isso significa que o barco não era habilitado para o uso comercial.
A embarcação fazia o trajeto da Ilha Maria Guarda para o município, que fica em uma região turística que registra alto movimento neste período do ano. O naufrágio aconteceu por volta das 22h, quando os passageiros voltavam de uma festa.
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