1 em cada 5 reesposáveis por crianças reprovam atendimento em unidades de saúde
O percentual ficou acima do verificado no país como um todo
Entre os segundos trimestres de 2021 e 2022, 2,4 milhões de crianças de até 13 anos utilizaram algum serviço de Atenção Primária à Saúde na Bahia. Este contingente foi o 3º maior do país no período, atrás dos verificados em São Paulo (6,2 milhões) e Minas Gerais (3,1 milhões). No Brasil como um todo, 31,5 milhões de crianças utilizaram algum serviço de atenção primária.
O Rio Grande do Sul teve o maior percentual de notas altas (57,2% dos responsáveis deram 9 ou 10 ao atendimento), seguido por Piauí (52,7%) e Mato Grosso do Sul (52,3%). Rio Grande do Norte (35,7%), Amapá (35,9%) e Ceará (40,7%) tiveram as menores proporções de responsáveis dando notas 9 ou 10.
Por outro lado, 1 em cada 5 responsáveis por crianças atendidas em serviços de atenção primária à saúde na Bahia ficaram insatisfeitas com o atendimento e não o recomendariam, dando nota de 0 a 6 (21,3% do total ou responsáveis por 517 mil crianças menores de 13 anos).
O percentual ficou acima do verificado no país como um todo (19,4%) e foi o 8o mais elevado entre os 27 estados. O Distrito Federal teve a maior proporção de reprovação por parte dos responsáveis por crianças atendidas (24,5% deram nota 0 a 6), seguido por Espírito Santo (24,1%) e Paraná (22,7%). Os menores percentuais de responsáveis que deram nota 0 a 6 ao atendimento recebido pelas crianças estavam em Maranhão (11,6%), Amazonas (14,2%) e Mato Grosso (14,5%).
Embora nenhum estado brasileiro tenho atribuído escore negativo, todos colocaram o atendimento recebido nos serviços de atenção primária à saúde na zona de aperfeiçoamento e, em nenhum lugar, os serviços chegaram à zona de qualidade ou excelência. Os resultados indicam que os serviços ainda carecem de aperfeiçoamento para seu melhor desempenho e satisfação de seus usuários.
A partir das notas dadas, na Bahia, o Net Promoter Score (NPS) dos serviços de atenção primária à saúde foi de +25, apenas o 18º dentre as 27 unidades da Federação, abaixo do nacional (+28) e da região Nordeste (+27). Os melhores escores foram atribuídos no Rio Grande do Sul (+41), Piauí (+36) e Maranhão (+36); e os piores, no Rio Grande do Norte (+13), Amapá (+17) e Distrito Federal (+22).
O principal fator levado em conta na atribuição de uma nota (fosse ela positiva ou negativa) ao atendimento na atenção primária à saúde, na Bahia, foi a forma como a pessoa responsável ou a criança foram acolhidas (acolhimento), apontada por 38,7% dos entrevistados (responsáveis por 631 mil crianças). Já 31,9% (responsáveis por 521 mil crianças) citaram a atuação dos profissionais na resolução do problema (equipe); e 20,2% (responsáveis por 329 mil crianças), a rapidez ou a demora do atendimento (tempo de atendimento).
No Brasil como um todo, a equipe foi o fator mais citado para a nota ao atendimento no serviço de saúde (por 35,7% dos responsáveis), o acolhimento ficou em segundo (citado por 32,4%), e o tempo de atendimento foi citado por 23,2% dos responsáveis.
Na Bahia, seguindo os critérios de escolha, essa avaliação foi feita pelos responsáveis por 395 mil crianças, o que correspondia a 16,3% das 2,4 milhões que haviam recebido algum atendimento de saúde no estado, entre os segundos trimestre de 2021 e 2022. A proporção no Brasil foi de 13,0%, ou 4,1 milhões de pessoas.
No PCATool, o atendimento também foi avaliado em um escore geral que ia de 0 a 10. Uma nota acima de 6,6 aponta que os serviços ofertados estão orientados para atender com qualidade, pois corresponde ao mínimo de respostas positivas que um serviço de saúde precisa ter para que seja reconhecida a presença dos atributos da atenção primária à saúde.
Nenhum estado teve escore acima de 6,6. Na Bahia, a nota ficou em 5,6, apenas a 15a maior entre as 27 unidades da Federação, bem próxima do verificado no Brasil como um todo (5,7) e na média da região Nordeste (5,7). Os maiores escores, indicando as melhores avaliações, ocorreram em Mato Grosso (6,4), Distrito Federal (6,1) e Santa Catarina (6,1), enquanto os melhores estavam em Rondônia (4,8), Amazonas (4,9) e Goiás (5,2).
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