O período de inscrições segue até 26 de fevereiro exclusivamente pelo WhatsApp da entidade que é (75) 98283-7418 e as atividades já se iniciam no domingo, 27 de fevereiro, às 10 horas no Mercado de Arte Popular que mais uma vez está sendo cedido como forma de apoio cultural pela Prefeitura Municipal de Feira de Santana, através do Departamento de Turismo do município.

A taxa de inscrição é 1kg de alimento não perecível que posteriormente serão doados a instituições beneficentes. Para se inscreverem, meninas e mulheres cis e trans, precisam ser negras ou que se auto identificam como negras, residentes em Feira de Santana, seus distritos e municípios circunvizinhos, com idade entre 15 e 50 anos, que tenham acesso a internet, disponibilidade para participarem de aulas, reuniões e ensaios e interesse em aprender sobre a própria história e ancestralidade. Não é exigido altura mínima e nem peso mínimo.

A Miss Afro Feira de Santana 2022 será contemplada com uma bolsa de estudo integral para cursar o nível superior oferecida pela Faculdade Multivix - Unidade Astro em Feira de Santana que pelo segundo ano consecutivo firma parceria com a Moviafro, premiação em dinheiro e brindes. A 2ª e 3ª colocadas recebem o título de Beldades Negras Moviafro, premiação em dinheiro e brindes.

A grande final, onde é realizado um desfile dividido em três momentos, será realizada no dia 20 de maio às 19 horas em um teatro da cidade.

Todos os anos, a coordenação se reúne e define as estratégias, o cronograma e um tema para o concurso. O tema escolhido serve de norte para as pesquisas e para o desenvolvimento das atividades além de apresentar para a maioria das participantes e para a sociedade de forma inédita a história de personalidades negras.

Com o tema: "A Essência da Negra Jhô' o Miss Afro Feira de Santana 2022 irá contar a trajetória da mulher negra, mãe, trancista, dançarina, escritora, atriz, designer capilar, turbanista, diretora de produção, ativista social e cultural nascida no Quilombo da Muribeca, em São Francisco do Conde, que em 2019 foi condecorada com o título de cidadã feirense, Valdemira Telma, conhecida como Negra Jhô.

"Será uma honra homenagear em vida, este verdadeiro ícone da cultura afro-brasileira que para nós é a personificação da Bahia e carrega no próprio nome a marca que distingue o estado de qualquer outra cidade no mundo", diz Anne Santos, que é pedagoga e coordenadora adjunta do concurso.

Realizado desde 2017 pela Associação Cultural Moviafro, o Miss Afro se tornou um espaço informal de educação, já que durante 4 meses, as participantes são acompanhadas por uma equipe multidisciplinar composta por profissionais das áreas de saúde, segurança, educação, cultura, estética e moda e tem uma programação que o torna muito mais um curso que um concurso. "A ideia do Miss Afro é exatamente ensinar as nossas meninas e mulheres pretas, sobre a verdadeira história do povo negro, uma história que não é apresentada nas salas de aula e nem nos livros tradicionais, história essa que durante muito tempo tem sido invisibilizada e em alguns casos apagadas", acrescenta Santos.