Ré terá que pagar dez salários mínimos por beber cerveja durante audiência online

Justiça"cervejinha cara"

Ré terá que pagar dez salários mínimos por beber cerveja durante audiência online

"Não vou fazer interrogatório dela e vou determinar que seja excluída, imediatamente, da sala da audiência", disse o juiz 

Foto: Reprodução/YouTube

Uma mulher que estava sendo julgada online pelos crimes de injúria e ameaça abriu uma cerveja no meio da audiência. O comportamento lhe rendeu uma multa de dez salários mínimos por desrespeitar o judiciário.

O caso aconteceu em Augustinópolis, no Tocantins, na segunda-feira (6). O juiz Alan Ide Ribeiro da Silva, da 2ª Vara de Augustinópolis, cancelou o interrogatório da ré, a excluiu da audiência virtual e, em seguida, aplicou as penalidades.

"Doutores, eu estou vendo que a ré acabou de abrir uma cerveja. Está gravado. Eu não vou fazer interrogatório de uma pessoa que está bebendo em um ato de julgamento. Não vou fazer interrogatório dela e vou determinar que seja excluída, imediatamente, da sala da audiência", disse o juiz.

"Não temos condições. Esse ato de ela abrir uma garrafa de cerveja em uma audiência, acho que já deu. Senhora, o que a senhora passou para a gente já está de bom tamanho. Muito obrigado", continuou o magistrado.

Após o ocorrido, o juiz prosseguiu com o julgamento, sem a presença da ré. Ela foi absolvida pelo crime de injúria por ausência de provas e condenada pelo crime de ameaça a três meses de detenção. Cabe recurso. Em outra decisão, o juiz a condenou por litigância de má-fé ao pagamento de dez salários mínimos.

"Diante do comportamento da ré durante a instrução, que por sua vez abriu uma garrafa de cerveja e iniciou a ingestão do seu conteúdo, condeno-a por litigância de má-fé […] diante do seu comportamento arriscado no ato processual. Em observância ao que prescreve o art. 81, §2º, do Código de Processo Civil, diante de tal comportamento de desrespeito, fixo a condenação em 10 salários mínimos", escreveu. Em nota enviada à imprensa, a Defensoria Pública do Tocantins, responsável pela defesa da ré, afirmou que não comenta as decisões judiciais. 

 

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Sábado, 23 Novembro 2024

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