Vídeo mostra ucranianos matando soldados russos capturados, confirma NYT
A execução dos soldados aparenta ter sido resultado de uma emboscada
Um vídeo publicado no início da semana mostra um grupo de soldados ucranianos matando soldados russos capturados na vila de Dmytrivka, a cerca de 11 quilômetros da cidade ucraniana de Bucha. A autenticidade das imagens foi verificada pelo The New York Times.
O vídeo - que a matéria optou por não publicar devido à violência das imagens, mas que pode acessar através deste link - mostra um soldado com um casaco sobre a cabeça se contorcendo.
"Ele ainda está vivo. Filmem estes saqueadores. Olha, ele ainda está vivo. Está ofegante", diz um soldado. Depois, é baleado mais duas vezes. Continua se mexendo e é baleado uma última vez.
Nas imagens é ainda possível ver outros três soldados russos mortos, com ferimentos na cabeça e as mãos atadas atrás das costas. A identificação foi possível através dos uniformes e das braçadeiras brancas, normalmente utilizadas por tropas russas, além de estarem deitados a poucos metros de um veículo de combate russo.
Segundo o The New York Time, a execução dos soldados aparenta ter sido o resultado de uma emboscada ucraniana a uma coluna russa, realizada no dia 30 de março, quando os russos se retiravam de pequenas cidades a oeste de Kiev.
Na rede social Twitter, o Ministério da Defesa da Ucrânia descreveu a destruição da coluna russa como um "trabalho preciso" das forças ucranianas. Já uma agência de notícias ucraniana atribuiu a destruição da coluna à 'Legião da Geórgia', uma unidade de voluntários georgianos formada para lutar em nome da Ucrânia em 2014.
Nesta quinta-feira, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, afirmou que a Ucrânia tem direito de se defender da invasão russa . "Não faz muito sentido" distinguir entre armas defensivas e ofensivas "numa guerra de defesa como aquela que a Ucrânia está a combater", sublinhou Stoltenberg.
Hoje é o 43.º dia da invasão russa da Ucrânia. Pelo menos 1.563 civis morreram e 2.213 ficaram feridos, segundo dados confirmados pela Organização das Nações Unidas (ONU). A guerra já levou à fuga de mais de 11 milhões de pessoas, 4,1 milhões das quais para países vizinhos.
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