EUA e Irã trocam ameaças após bombardeios matarem mais de 30 pessoas no Iêmen
O ataque atingiu a capital Sanaa e outras localidades no centro e norte do país
Um ataque aéreo americano no Iêmen deixou ao menos 31 mortos e mais de 100 feridos, em um dos bombardeios mais devastadores na região desde a volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. O ataque, realizado no sábado (15), atingiu a capital Sanaa e outras localidades no centro e norte do Iêmen, com foco nos rebeldes houthis. As autoridades locais e o Ministério da Saúde dos houthis informaram que a maioria das vítimas são mulheres e crianças.
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, classificou os bombardeios como uma "ação militar decisiva e poderosa", prometendo uma resposta implacável aos insurgentes. Em sua rede social, o Truth Social, Trump ameaçou usar "uma força letal avassaladora" até atingir os objetivos dos ataques e afirmou que os houthis enfrentariam "um inferno" caso continuassem com suas ações. O ataque foi o maior desde o retorno de Trump à Casa Branca e intensificou ainda mais as tensões no Oriente Médio.
Em resposta aos bombardeios, os houthis, que controlam grandes áreas do Iêmen, incluindo a capital Sanaa, emitiram um comunicado afirmando que os ataques americanos "não ficarão sem resposta". Os rebeldes, considerados uma "organização terrorista estrangeira" pelos Estados Unidos, alertaram que suas forças estão preparadas para "responder à escalada com uma escalada". O escritório político dos houthis indicou que o grupo intensificaria suas ações em retaliação aos ataques, exacerbando o risco de um conflito mais amplo na região.
Teerã promete "respostas apropriadas"
O Irã não demorou a reagir às ameaças de Trump e classificou os bombardeios americanos no Iêmen de "bárbaros", sublinhando que os ataques mataram "dezenas de mulheres e crianças inocentes". Na rede social X, o chefe da diplomacia iraniana, Abbas Araghchi, afirmou que os Estados Unidos não têm "nenhuma autoridade e nenhum direito de ditar a política exterior do Irã".
Já o general iraniano Hossein Salami, chefe da Guarda da Revolução Islâmica, afirmou na televisão estatal neste domingo que quem ameaçar o Irã receberá "respostas apropriadas". O líder da segurança interna do país também lembrou que os houthis "tomam as suas próprias decisões estratégicas e operacionais", com total independência do Irã.
Outro país a reagir foi a Rússia. O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, disse ao chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, que todas as partes deveriam se abster de "usar a força" no Iêmen e iniciar um "diálogo político" para evitar "mais derramamento de sangue". Segundo o comunicado divulgado neste domingo pelo Kremlin, a recomendação foi feita durante uma conversa telefônica na véspera entre os dois representantes, que dialogaram sobre a sequência das negociações para um cessar-fogo na Ucrânia.
Fonte: Metropoles
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