Prefeitura cobra diálogo com o DNIT sobre as obras de duplicação do Anel de Contorno
Em entrevista ao Folha do Estado, o secretário de Planejamento, Carlos Brito, informou que a prefeitura tentará um acordo
Feira de Santana Notícias 24h - A Prefeitura de Feira de Santana, através da Secretaria de Planejamento e Obras (Seplan), poderá ajuizar uma ação contra o governo federal, casos as obras de duplicação do Anel de Contorno, realizadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT), avancem em áreas da zona urbana da cidade, sem que haja o devido diálogo com a gestão municipal.
Em entrevista ao Folha do Estado, o secretário de Planejamento, Carlos Brito, informou que a prefeitura tentará um acordo com o Departamento, a fim de compatibilizar os projetos que foram licitados com as intervenções que terão impacto na área urbana da cidade."Enquanto o projeto estiver sendo executado na área de domínio do DNIT, não há discussão, pois eles têm o livre arbítrio para fazer sem pedir licença do município. Mas à medida que essa obra intervém na vida da população na área urbana, é preciso compatibilizar o projeto com o que existe na área do município. Se isso não acontecer, irá trazer transtornos para a população", afirmou Brito.
Como exemplo, o secretário citou o riacho do bairro Santo Antônio dos Prazeres, que é um afluente do rio Pojuca.
"À medida que é feita uma tubulação, aquele córrego já está com a drenagem complicada, aquele canal não suporta mais volume de água daqui. É preciso alargar e fazer algumas intervenções para receber as águas de chuvas que vêm do Anel de Contorno, ou não? Então precisamos fazer uma compatibilização entre o que existe na cidade, com o projeto."
Carlos Brito destacou que foram encaminhados ao diretor geral do Dnit, Fabrício Galvão, em julho de 2024, os pedidos dos projetos, porém nunca chegaram.
"Estamos reiterando agora os pedidos, sobre a necessidade de reunir a equipe da empresa responsável pelo projeto com a equipe de engenharia da prefeitura, para verificarmos os impactos dessa obra na área urbana. No Sobradinho, nós fizemos na época que o projeto foi levantado, propostas de alterações, naquela intervenção. Não fomos ouvidos, e não judicializou-se nada, ficou pela vontade e truculência de quem manda na área de domínio. Agora se há impacto na zona urbana, precisamos dialogar porque é uma obra de muita importância para Feira, relevante para nossa vida, e se não tivermos essa conversa trará prejuízos à população", observou.
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