Pesquisas em supermercados indicam inflação maior que as apresentadas pelo IBGE
São artigos considerados de primeira necessidade
Em virtude da elevada inflação no ano passado, em reunião de pautas em janeiro, a equipe do Jornal Folha do Estado entendeu que deveríamos realizar levantamento de preços de artigos considerados de primeira necessidade na mesa e na vida das pessoas. Para mostrarmos a realidade, sem estarmos garroteados aos índices levantados por órgãos oficiais que, às vezes, são levados a dúvida pelo entendimento que pressões da área econômica podem influir em resultados.
De maio a 13 de outubro deste ano, a cesta que custava R$ 205,32 em fevereiro e R$ 268,78 em maio passou a custar R$ 303,71 em outubro. Teve, portanto, um aumento de 13% entre maio e outubro. Se aplicarmos a diferença dos produtos comprados em 8 de fevereiro e os itens comprados agora, até dia 13 de outubro, 8 meses, portanto, foi de 47,02%. Agora o IBGE, depois de ter apontado uma deflação de preços durante os meses de agosto a setembro deste ano, que o acumulado foi de 1,17%, já a previsão, do Instituto, para outubro está na crescente, apontando 0,16%. O alarmante disso tudo é que o IBGE anunciou índice de inflação até outubro de: 7,17%. Só para lembrar que no início do ano, os carros de som carregados anunciavam: "30 ovos por 10 reais" pelas ruas da cidade.
Agora, o ovo subiu e são 30 ovos por 17 reais, item que é o principal alimento das famílias de baixa renda. E observem que não incluímos esse item nas três pesquisas. Agora espera-se que a gasolina, logo após as eleições, não suba imediatamente para que o IBGE possa celebrar a inflação baixa que ele publica.
Confira, na tabela publicada nesta página, a evolução dos preços no período pesquisado.
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