Fórum Popular denuncia ao MP precariedade na saúde em Feira de Santana

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Fórum Popular denuncia ao MP precariedade na saúde em Feira de Santana

O objetivo é denunciar problemática que envolve terceirização da gestão da saúde 

Crédito: Mário Sepúlveda/FE

Um grupo de funcionários da saúde e representantes de entidades foi na última quinta-feira (23), ao Ministério Público do Trabalho (MPT) para entregar um documento reportando o que classificam de precarização da saúde do município. O presidente do Fórum Popular de Saúde, Eduardo Santos, diz que o objetivo da ação é, principalmente, denunciar a problemática que envolve a terceirização da gestão da saúde e péssima condição da cena atual.

"Nós do Fórum Popular da Saúde e Associação em defesa da Saúde e cidadania de Feira de Santana, juntamente com diversas entidades da saúde, agendamos para entregar ao Ministério um documento sobre a saúde. O objetivo é primeiro nos solidarizarmos com MP, a respeito das investidas que eles têm tomado contra terceirização em Feira. Segundo, chamar atenção acerca da grande problemática que vem acontecendo no município na gestão do governo Colbert Martins, no que tange às unidades de saúde. As instituições foram entregues à iniciativa privada, através das organizações sociais (terceirizações da saúde) antes as Cooperativas", protesta.

Santos diz que há muitos casos de atraso em salários de trabalhadores e, inclusive, irregularidades contratuais. "Tem até os que estão sem contrato de trabalho. É uma ação contra a situação de desmando dentro das unidades. Falta material, para curativo, água, material para trabalhadores, vacinas. Tudo isso! Então, isso tem levado os profissionais a paralisarem as atividades. Você tem o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST), as Policlínicas, as Unidades de Atenção Primárias, as de Saúde da Família, UPAS. Todos têm paralisado suas atividades em função destas condições. Temos um documento que será assinado pelas entidades e reportado ao MPT para que ele apure essas denúncias", explica.

O Coordenador da Associação Esperançar Novos Mundos, João Rocha Sobrinho, lamenta a situação e reclama a aplicação da constituição no que diz respeito ao SUS. "É lamentável! Temos um Sistema Único de Saúde (SUS) que se respeitasse a constituição, ele seria mais democrático que o da Suécia. Entretanto, nos últimos governos ocorreu uma privatização, onde retiraram recursos da união e passaram para o setor privado. As empresas que recebem os recursos e não repassam aos trabalhadores, é criminosa. A ideia é que o MP tome providências. A terceirização é uma forma de maximizar lucro dos empresários e cair a qualidade de vida dos trabalhadores que não atendem a população direito por insatisfação", reivindica.

Já Fabia Quely Barbosa, enfermeira fiscal do Conselho Regional de Enfermagem destaca a perversidade enfrentada pelos trabalhadores. "Estamos na perspectiva de entregar uma denúncia para que o MP faça uma investigação dos trabalhadores de saúde em Feira de Santana. Por muito tempo sabemos que a terceirização é uma prática que não acontece só aqui na cidade, mas aqui, especialmente, tem uma perversidade com os trabalhadores".
 

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Quarta, 25 Dezembro 2024

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