Feira do Livro Usado traz economia em torno de 80% na compra dos materiais didáticos
Com a proximidade da volta às aulas nas escolas particulares, muitos pais e responsáveis já começaram a se preparar para compra do material
Com a proximidade da volta às aulas nas escolas particulares, muitos pais e responsáveis já começaram a se preparar para a compra dos livros didáticos, dentre outros materiais escolares. E o evento, que já faz parte do calendário da cidade, visa justamente trazer mais economia ao orçamento das famílias, além de reduzir os impactos causados ao meio ambiente, por meio da reutilização dos itens bem conservados.
"Cheguei aqui e já encontrei logo todos os livros que procurava. Todos os anos eu venho, a gente faz a troca dos livros do ano passado, pois eles reformulam e a escola também troca, e o que a gente não consegue, guarda. Mas a grande maioria a gente consegue trocar e já é uma economia, porque nos dias de hoje está bem complicado. Este ano, como já encontrei praticamente todos, só falta um, a minha economia será em torno de 80 a 85%, então ajuda bastante o orçamento", comemorou, em entrevista ao Folha do Estado.
Para garantir a troca dos livros anualmente, Edna Pereira diz que orienta a filha sobre os cuidados que deve ter com o material durante o ano letivo.
"Eu oriento para não escrever nos livros, nem recortar, nem pintar, não usar marca-textos, e a gente compra um caderno com mais folhas para escrever as respostas e evitar ao máximo utilizar o livro, sempre com cuidado ao colocar na mochila, evitar dobrar as folhas, e aí a gente vai no jogo de cintura, para no ano seguinte passar novamente. No ano passado, peguei aqui e agora estou deixando novamente. Se eu for comprar direto da editora o preço é bem mais caro. E todos aqui estão em bom estado de conservação, as meninas quando pegam, observam o estado, e eu nunca comprei faltando folha, nem rasgado, sempre compro em ótimo estado, então a economia é certa", afirmou.
Sivone Ferreira, que é comerciante na feira, espera boas vendas até o final da edição. "As vendas ainda estão um pouco fracas, pois, devido ao verão, muita gente ainda está na praia, mas estamos com a expectativa de que seja uma boa feira. Nestes três dias já deu para fazer um bom dinheiro, mas a gente deseja que melhore. Nosso preço é bom, baixo, e não deixamos o cliente sair insatisfeito."
O estudante Davi Passos, que ingressou no 1º ano do ensino médio, levou 9 livros para trocar na feira e vai retornar para casa com pelo menos três dos que procurava. O pai dele, Vandilson Costa, afirmou que a intenção é participar todos os anos daqui por diante e economizar.
"A ideia é, além de melhorar o orçamento, conservar para que outros possam utilizar de forma a aproveitar os livros. A feira é excelente, tem vários itens, vários tipos de livros, e estamos procurando outros que não estão direcionados somente à escola."
Economia circular
O coordenador da Feira do Livro, Glauber Lira, informou que a procura ainda está tímida e convoca os pais e responsáveis a comparecem ao evento.
"Os livros mais procurados aqui são aqueles adotados pelas escolas particulares que estão nas listas, especialmente do Ensino Fundamental II, mas nós atendemos também a educação infantil, fundamental I e ensino médio. E em alguns casos temos livros de nível superior também. Nós trabalhamos com operações de compra, venda e troca de livros."
Ele salientou que para trocar livros na feira é preciso que estejam em bom estado de conservação.
"É importante, quando o pai vier trocar, que os livros estejam em bom estado, porque pegamos na maioria das vezes, em estado de seminovo e novo. O livro conservado é mais atrativo e é um vetor físico de conhecimento. Desagrada a quem usa se o livro estiver riscado, manchado, rabiscado. Então quanto mais conservado serve como moeda de troca."
Glauber Lira avalia que a cada ano a procura pelo livro físico diminuiu, em virtude das mudanças no mercado editoral, com o aumento dos conteúdos digitais, mas, ainda assim, deve permanecer.
"O mercado editorial está passando por uma série de mudanças e com o mercado digital faz com que encolha a procura pelo livro físico, que não morre, obviamente, mas a digitalização e os próprios sistemas de ensino vieram para ficar. Diante disso, já dentro da associação, estamos com um número menor de associados este ano. Estamos em 13 atualmente, mas já tivemos um número maior."
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