Com atividades paralisadas, trabalhadores da Saúde cobram pagamentos atrasados
Os trabalhadores realizaram manifestação em frente à Prefeitura
São enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares e outros profissionais que atuam nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Feira de Santana, contratados através da empresa, que se encontram nessa situação. "É complicado! Você trabalhar o ano todo e quando chega agora no final, essa esculhambação. É um desrespeito porque somos pais e mães de família, temos nossos compromissos e temos que nos humilhar para receber algo que é obrigação deles nos pagar", disse uma funcionária que preferiu não se identificar.
Uma técnica de enfermagem classificou a situação como revoltante. "Será que eles não têm consciência? Nem sei como eles puderam passar o Natal em paz sabendo que muitos aqui estão nessa situação. Agora pergunte como foi o nosso Natal? A pão é água porque, quem teve dinheiro para fazer ceia? Dá uma revolta grande na gente, somos gente, não somos lixo não", declarou indignada.
DESESPERO
Os trabalhadores informaram à reportagem que ainda existem fatos considerados agravantes relacionados ao momento vivido por eles. "Ontem (terça-feira) fomos lá na sede da empresa e um funcionário informou que a parte administrativa no escritório estaria fechada para recesso e só retorna daqui a 15 dias. Conta não espera não, a fome não espera não e aí como é que fica isso? Queremos uma resposta por isso estamos aqui protestando", disse um enfermeiro.
Os manifestantes ainda apontaram outras situações. "Teve colegas que saíram de férias e só receberam 30 dias depois. Outra coisa: já verificamos no Portal da Transparência e vimos que o Município já fez o repasse da verba para a empresa para pagar a gente e até agora nada. Não recebemos sequer a 1ª parcela do 13º salário", relatou uma técnica de enfermagem.
Muitos estão optando por soluções como tomar dinheiro emprestado. "É desespero porque não é brincadeira ver as contas atrasadas, faltando comida na mesa e a solução é buscar até os agiotas para levantar um dinheiro e manter as contas em dia", ressaltou outra trabalhadora.
Os funcionários querem uma intervenção do Município para tentar resolver o problema. "Se foi repassado o valor por parte do Município para a empresa, é necessário que se fiscalize para onde foi o dinheiro. Esperamos que o prefeito (Colbert Martins) use do bom sendo e procure ver essa situação que já se tornou constante por parte da empresa", ressaltou uma enfermeira.
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