Após protesto, feirantes da Marechal divulgam resposta a secretário

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Após protesto, feirantes da Marechal divulgam resposta a secretário

Semana começa com tensão entre ambulantes e secretário 

Crédito: Divulgação
Em busca da permanência na Rua Marechal Deodoro, no centro de Feira de Santana, os feirantes que trabalham no local seguem chamando atenção do poder público municipal, para que eles não sejam realocados.

Desta vez, foi colocada, no último sábado (13), uma faixa na passarela que liga o Terminal Central ao Shopping Popular, na Rua Olímpio Vital, com os dizeres: "Pablo, Brito e Colbert, inimigos da Marechal."

Eles pedem que a prefeitura dê uma resposta sobre o projeto apresentado que os mantém na Marechal mesmo com as obras de reordenamento. O prazo para os feirantes deixarem as ruas do centro comercial encerra no próximo dia 21. Uma faixa pedindo a reposta da prefeitura sobre o referido projeto também foi colocada em um viaduto. Os vendedores ambulantes alegam que se deixarem a Marechal terão prejuízos.

Eles também se manifestaram acerca de uma declaração do secretário de Agricultura de Feira de Santana, Pablo Roberto, de que "a feira no centro da cidade não é mais sobre tradição e sim sobre o privilégio de um pequeno grupo".

Veja a nota na íntegra:

"O que seria dessa cidade sem os feirantes, camelôs e ambulantes?

A afirmação feita pelo Sr. Pablo Roberto, atual secretário de Agricultura de Feira de Santana, demonstra um desconhecimento profundo a respeito de Feira de Santana e das pessoas que aqui vivem e trabalham. "a feira no centro da cidade não é mais sobre tradição e sim sobre o privilégio de um pequeno grupo", disse o secretário.

Esperávamos que um empregado do povo, que deveria estar à serviço da população, saísse em defesa das diversas minorias que lutam pela sobrevivência e dignidade, com muito suor e garra, através do trabalho como feirante, ambulante, camelô, artesão e tantos outros em Feira de Santana.

Não há como separar a história dessa cidade do trabalho de ambulantes, feirantes, artesãos e camelôs! Apagar a relação histórica deste município com as feiras-livres e os seus diversos trabalhadores é uma busca desesperada por calar a voz dessas pessoas, apagar as suas histórias e memórias, além de destruir uma forma digna de prover a vida.

A afirmação do Secretário busca criminalizar uma pratica que é comum a qualquer morador desta cidade. Mas, essa estratégia de sequestrar "no grito e na força" uma prática social ancestral, não funcionará! Haverá resistência!"

Procuramos o secretário de agricultura Pablo Roberto para uma resposta, mas até o fechamento desta edição, não obtivemos respostas. 

 

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Sexta, 20 Setembro 2024

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