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A nutricionista do Cadh, Josinete Monteiro, destacou que Feira de Santana, assim como em todo o mundo, há um grande número de pessoas com sobrepeso e obesas.

"Este é um desafio para a saúde e precisamos ter um olhar especial sobre isso. Atualmente, houve uma mudança em relação ao diagnóstico de obesidade, então há um tempo só fazíamos o diagnóstico pelo IMC, que é o cálculo de peso e altura ao quadrado. Sempre foi questionado isso, e atualmente o que fazemos é colocar a obesidade em um estágio pré-clínico e clínico, aonde o pré-clínico é identificado como uma condição que a pessoa está com obesidade, mas sem agravo, e os casos clínicos é quando a pessoa já está com doenças associadas, e é necessário que haja a consulta com o especialista médico, para fazer toda a investigação, com pedido de exames", explicou a profissional.

Causas multifatoriais

Josinete Monteiro esclareceu que há vários fatores envolvidos no ganho de peso corporal, como genéticos, comportamentais, ambientais, culturais e socioeconômicos.

"Todos esses estão associados à questão da obesidade, que não se trata apenas de estética, mas de saúde. Temos que tratar de forma individual e personalizada. Primeiro a pessoa precisa fazer uma avaliação, para identificar através de exames laboratoriais e de imagens, se tem alterações metabólicas, esteatose hepática, colesterol elevado, hipertensão, diabetes tipo 2. No caso de crianças, é preciso avaliar o ambiente familiar, para fazer mudanças, e observar a questão emocional, se tem prática de atividade física, com diálogo, não somente cobrar da criança essa mudança", reforçou.
A profissional de saúde lembrou a população de que é preciso evitar alimentos ultraprocessados e seguir a máxima 'desembalar menos e descascar mais'.

"É preciso observar os hábitos alimentares e ter cuidado com os alimentos coloridos artificialmente, mais palatáveis e ultraprocessados, e privilegiar os mais naturais. E sempre bom observar a localização da gordura corporal, como a circunferência abdominal, a relação com a altura. Além disso, é importante seguir os guias alimentares e a pirâmide alimentar, que tem uma distribuição interessante", afirmou Monteiro.

Acompanhamento profissional

A nutricionista alerta ainda contra as fórmulas mágicas de emagrecimento, sobretudo as famosas cápsulas que prometem resultados milagrosos.

"É preocupante essa questão, principalmente quando as redes sociais vêm com tudo com relação a essas cápsulas emagrecedoras e fórmulas, e as pessoas precisam ter muito cuidado, pois muitas não têm o conhecimento e ali pode trazer um prejuízo ao fígado, aos rins, e é importante procurar um especialista, uma consulta com nutricionista, um médico, e a partir daí após uma avaliação com escuta, exames específicos e aí sim fazer a prescrição", observou.