AAPC enfrenta dificuldades para manter serviço filantrópico após queda nas doações
Instituição conta com 40 leitos ocupados e mais de 3 mil pacientes cadastrados para receber serviços.
Segundo Edinei Cardoso Gomes, coordenadora da AAPC, a instituição conta atualmente com 40 leitos ocupados com pacientes, que vem de outras cidades da região para receber o tratamento contra a doença. Além disso, mais de 3 mil famílias estão cadastradas para receber alimentos, itens de higiene pessoal e diversos serviços de saúde e jurídicos.
"Neste momento, início de ano, sabemos que muitas pessoas viajam, tem a questão de escola, filhos, matrículas, então geralmente temos uma queda muito grande na doação de alimentos. Nós temos cadastrados hoje 3.665 famílias, e a gente doa por mês cerca de 500 cestas básicas. Essas pessoas não estão hospedadas na casa, são pessoas que a gente atende e oferece alguns benefícios, como atendimento jurídico, social, psicológico, nutricional, doação de bolsas de colostomia, a gente empresta muletas, cadeiras de rodas, medicamentos, materiais curativos, fraldas descartáveis, próteses mamárias, então é um trabalho gigantesco."
Além dos serviços prestados dentro da Associação, os voluntários também servem mingau diariamente para os pacientes da Unacon (Unidade de Alta Complexidade em Oncologia), que faz parte da rede contratada pelo município e oferta o tratamento contra o câncer aos pacientes de Feira e região, através do Sistema Único de Saúde (SUS).
"Fazemos o mingau e doamos na Unacon todos os dias, de segunda a sexta, fazemos dois caldeirões e levamos para doar, porque muita gente vem fazer o tratamento lá e não toma nem o café da manhã. Então o gasto é muito alto, ainda temos água, energia, gás e aluguel, pois no momento não estamos recebendo o aluguel do município, estamos pagando com a ajuda de algumas pessoas. No último governo do prefeito José Ronaldo, a prefeitura assumiu o aluguel, depois com o prefeito anterior, o aluguel deixou de ser pago e a gente teve que assumir diante das nossas condições. A partir deste ano vamos buscar também junto ao estado o apoio."
A vice-presidente da AAPC, Maria Emilia Azevedo, revelou que devido à queda nas doações de alimentos, eles não estão conseguindo doar a cesta básica completa.
"Pelo fato de faltar as doações, nós estamos dando uma cesta de alimentos, que é menor que a cesta básica, para satisfazer um pouco a comunidade. O estoque está faltando, mas a gente vai atendendo os pacientes. A gente não impede a entrada deles na casa, vamos dando um jeito de acolher essas pessoas, porque damos o apoio a elas, que chegam diariamente. Estamos precisando da ajuda da população", apelou.
Ela informou ainda que devido à grande demanda que chega à AAPC todos os dias, a direção já está prospectando outros locais para funcionar. "Nos reunimos com o atual prefeito, e estamos agora aguardando uma resposta favorável. Já vimos um local", completou.
Os interessados em conhecer melhor o trabalho realizado pela AAPC e deseja contribuir com a continuidade do trabalho, seja como voluntário ou através de doações, podem acessar a conta da instituição no Instagram @aapcoficial. Lá constam também todos os dados como PIX e conta bancária para transferências em dinheiro. Mais informações também podem ser obtidas através do WhatsApp 75 9 9211-1055.
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