Em 1994, diante de 97.240 pessoas na Fonte Nova, o ex-atacante Raudinei entrou para a história do Bahia com um gol aos 46 minutos do segundo tempo, garantindo o título do Campeonato Baiano em um clássico Ba-Vi. Embora não tenha conquistado a mesma fama que Pelé nos dicionários, nas ruas de Salvador, o nome Raudinei se tornou sinônimo de mística, esperança até o fim e gols decisivos nos minutos finais. Desde então, todo gol feito pelo Bahia nos últimos momentos de uma partida é lembrado como "um gol de Raudinei", um testemunho da importância daquele momento histórico.

Raudinei Anversa Freire, nascido em 18 de julho de 1965, começou sua carreira na Juventus-SP, onde foi campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior em 1985. Sua trajetória internacional incluiu passagens pelo Porto, onde venceu o Campeonato Português e a Taça de Portugal, e pelo Deportivo La Coruña. Após retornos ao Brasil e mais uma passagem por Portugal, Raudinei desembarcou no Bahia em 1994, onde viveu seu momento mais icônico.

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A campanha do Bahia naquele ano foi uma das mais longas da história do futebol baiano, com mais de seis meses de duração e 12 clássicos Ba-Vis. O gol decisivo de Raudinei no último minuto do segundo tempo garantiu o empate por 1 a 1 contra o Vitória, suficiente para dar o título ao Tricolor.

Raudinei continuou sua carreira até 1999, sem repetir o mesmo destaque. Ele se aposentou no União de Araras, depois de passar por diversos clubes. Atualmente, aos 59 anos, Raudinei trabalha como empresário de jogadores e revisita frequentemente o papel de herói daquele histórico Ba-Vi.

O gol de Raudinei não apenas garantiu um título para o Bahia, mas também perpetuou uma mística que ressoa até hoje entre os torcedores tricolores. O ex-atacante é uma lembrança viva de que, no futebol, a esperança dura até o apito final.