Decisão dura no basquete: suspensão e multa por atitude racista no NBB

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Decisão dura no basquete: suspensão e multa por atitude racista no NBB

Nícolas Copello, armador do Minas Tênis Clube, punição por ofensas a Matheus Buiú gera polêmica
Crédito: Reprodução/X @luispacca_

O cenário esportivo brasileiro foi abalado com a suspensão do armador Nícolas Copello, do Minas Tênis Clube, por 10 partidas, somada a uma multa de R$ 8 mil, devido a ato racista. A penalidade decorre das ofensas dirigidas ao jogador Matheus Santos Neves da Silva, conhecido como Buiú, do Basquete Cerrado, durante uma partida do Novo Basquete Brasil (NBB) na Arena UniBH, em Belo Horizonte, em 6 de dezembro.

A denúncia de Buiú desencadeou uma investigação que resultou no julgamento virtual realizado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD/LNB) nesta terça-feira (19). O Minas Tênis Clube, ao ser procurado pela reportagem de O Tempo Sports, afirmou que irá recorrer da decisão, que foi proferida por 3 votos a 2.

A condenação de Copello foi fundamentada no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata sobre "praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça (...)".

O Episódio e Suas Ramificações

Buiú relatou ter sido vítima de ofensas racistas durante o confronto, reportando imediatamente à liga nacional, que acionou o protocolo previsto para casos dessa natureza. Em conjunto com um representante da comissão técnica, o atleta dirigiu-se à 2ª Delegacia de Polícia Civil, em Belo Horizonte, para registrar um boletim de ocorrência.

O impacto do caso reverberou no NBB, com jogadores do Franca Basquete e do Cerrado Basquete realizando um protesto em quadra dias após o suposto episódio de racismo. Antes de um jogo envolvendo as duas equipes no Pedrocão, em Franca (SP), os jogadores ergueram o punho direito em um gesto simbólico contra o preconceito e vestiram camisas com a mensagem "Não ao racismo".

A decisão do STJD/LNB não apenas impõe uma penalidade severa a Copello, mas também destaca a necessidade contínua de combater atitudes discriminatórias e promover a conscientização no ambiente esportivo nacional. O recurso anunciado pelo Minas Tênis Clube sinaliza que o desfecho desse caso está longe de ser definitivo, prometendo continuar gerando debates sobre ética e comportamento no esporte.

 

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Segunda, 25 Novembro 2024

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