A recente internação de Tite, técnico do Flamengo, após a partida na altitude de La Paz, trouxe à tona a complexa relação entre esporte de alto rendimento e saúde cardíaca. A 3.600 metros acima do nível do mar, Tite foi acometido por fibrilação atrial, a arritmia cardíaca mais comum, caracterizada por batimentos acelerados e irregulares do coração devido a perturbações elétricas nos átrios.

A exposição prolongada a altitudes elevadas, como no jogo em questão, pode causar um estresse significativo no sistema cardiovascular, aumentando a carga de trabalho do coração e, assim, contribuindo para o surgimento de arritmias. O técnico, ex-atleta, já estava em um grupo de risco, pois ex-jogadores de alto rendimento têm maior probabilidade de desenvolver essa condição devido ao desgaste da estrutura cardíaca ao longo dos anos.

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A fibrilação atrial, se não tratada adequadamente, pode resultar em complicações graves, como a formação de coágulos sanguíneos e o risco de AVC. Felizmente, o tratamento rápido e eficaz com medicamentos está surtindo efeito, e a possibilidade de ablação, que chegou a ser cogitada, foi descartada pela equipe médica do Flamengo.

Este episódio ressalta a importância da monitoração constante da saúde de atletas e ex-atletas, especialmente em situações de estresse físico extremo, como a vivenciada por Tite na altitude. A conscientização sobre os riscos e a rápida intervenção são fundamentais para evitar consequências mais severas em casos de arritmias cardíacas.