Na véspera da abertura das Olimpíadas de Paris 2024, a cidade se transforma em uma fortaleza com medidas de segurança dignas de uma operação militar. O espaço aéreo está fechado num raio de 150 quilômetros em torno de Paris, com exceção para helicópteros de vigilância, enquanto 45 mil policiais e soldados de 44 países patrulham o evento. Fuzis antidrone, 80 barcos de patrulhamento com cães farejadores e sonares para detectar explosivos no rio Sena são algumas das precauções adotadas para garantir a segurança durante o espetáculo.

A cerimônia de abertura será realizada fora de um estádio pela primeira vez, com um desfile de barcos ao longo de seis quilômetros do rio Sena. Thomas Jolly, o diretor artístico, comparou o conceito a "desdobrar um estádio como papel" para criar uma experiência única. Conhecido por suas interpretações criativas de Shakespeare, Jolly promete um show que foge dos clichês e celebra a diversidade e a alteridade, com o apoio de personalidades como Leïla Slimani e Patrick Boucheron.

Cerca de 320 mil pessoas assistirão ao vivo, enquanto mais de um bilhão acompanharão virtualmente a cerimônia de três horas e 45 minutos. Haverá um desfile de 85 embarcações com mais de 7 mil atletas, incluindo um barco dedicado à delegação brasileira. As margens do Sena estarão enfeitadas com adereços grandiosos e 12 quadros ilustrando aspectos da cultura francesa, prometendo um espetáculo visual deslumbrante com o entardecer em Paris como pano de fundo.

Entre as atrações musicais, a presença de Céline Dion gera grande expectativa, especialmente em função de seus problemas de saúde. Outras estrelas como Snoop Dogg, Lady Gaga, e Rihanna também são esperadas. A cerimônia contará com a participação de cerca de cem chefes de Estado, embora algumas ausências notáveis, como as de Lula e Biden, sejam preenchidas por suas primeiras-damas. O evento culminará com a tradicional acendimento da pira olímpica, com especulações sobre quem terá a honra de conduzir a tocha.