A estrela do Chelsea e da seleção australiana, Sam Kerr, está no centro de uma polêmica que pode manchar sua carreira. A atacante, de 31 anos, foi a julgamento nesta segunda-feira (3) após ser acusada de assédio racial agravado contra um policial britânico. O caso remonta a janeiro de 2023, quando Kerr, em um momento de tensão, chamou o agente Stephen Lovell de "estúpido e branco" durante uma abordagem na delegacia de Londres.

O incidente ocorreu após um desentendimento com um motorista de táxi, que levou Kerr e sua parceira, Kristie Mewis, à delegacia. O motivo? A recusa das jogadoras em pagar pelos danos causados ao veículo após uma delas vomitar e quebrar o vidro traseiro. Na delegacia, a situação escalou, e Kerr teria se tornado "abusiva e insultuosa", segundo o promotor Bill Emlyn Jones. As imagens da câmera corporal do policial mostram o momento em que a atacante profere as palavras que agora a levam ao banco dos réus.

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A defesa de Kerr, no entanto, argumenta que as palavras, embora duras, não configuram crime. A advogada Grace Forbes afirmou ao júri que o comentário foi uma crítica mal expressa sobre "posições de poder e privilégios", e não uma ofensa racial intencional. Kerr, que se declarou inocente no ano passado, descreveu o episódio como "um momento de tensão" e negou qualquer intenção de causar dano ao policial.

Enquanto o julgamento segue, Kerr, atualmente afastada dos gramados devido a uma lesão no joelho, vê sua imagem ser colocada à prova. A jogadora, que brilha no Chelsea desde 2020, agora enfrenta um desafio fora de campo. O desfecho do caso pode não apenas impactar sua carreira, mas também reacender debates sobre privilégio, poder e o peso das palavras. Para Sam Kerr, resta esperar que a justiça seja tão implacável quanto sua finalização dentro das quatro linhas.