O Tribunal Superior de Londres deu início, nesta segunda-feira, 24 de fevereiro, a um dos processos mais aguardados do automobilismo mundial. Felipe Massa, ex-piloto da Ferrari, busca, por meio da Justiça, o reconhecimento do título da Fórmula 1 de 2008, que foi para Lewis Hamilton. O caso ganha força após a confissão de Bernie Ecclestone, ex-presidente da FOM, que admitiu ter conhecimento do escândalo ocorrido no GP de Singapura daquele ano, mas optou por omitir a informação para proteger a imagem da categoria.

Em 2008, Massa foi prejudicado por um incidente durante a prova de Singapura, quando Nelson Piquet Jr. bateu seu carro de forma proposital para beneficiar seu companheiro de equipe, Fernando Alonso. A manobra, orquestrada por Flavio Briatore, chefe da Renault na época, colocou Massa em desvantagem. Para complicar, a Ferrari cometeu um erro nos boxes, liberando o piloto sem retirar a mangueira de reabastecimento, resultando em uma punição que o afastou da vitória.

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Com Hamilton levando o título por apenas um ponto, a decisão de Ecclestone de acobertar o ocorrido tem sido um ponto central na ação movida por Massa. Ao afirmar que, caso a corrida fosse anulada, o brasileiro seria o campeão, o ex-chefão da F1 alimentou ainda mais a disputa legal, que, além do reconhecimento esportivo, também busca uma reparação financeira considerável. A demanda de Massa, que pode ultrapassar os 100 milhões de dólares, está pautada no impacto de sua imagem e contratos que deixaram de ser assinados devido ao escândalo.

Entre os dias 28 e 31 de outubro de 2025, as audiências devem começar a definir o destino dessa batalha judicial, que envolve a reinterpretação dos eventos de uma temporada histórica da Fórmula 1. Será um marco para o esporte e para a carreira de Felipe Massa, que não desiste de buscar aquilo que considera ser seu direito.