Polícia Civil investiga briga entre corintianos e são-paulinos
Torcedores se enfrentam antes de clássico paulista e são indiciados
No último domingo, 26, a Avenida Marquês de São Vicente, na Barra Funda, se transformou em cenário de mais uma violência entre torcedores de Corinthians e São Paulo. A Polícia Civil de São Paulo indiciou seis membros da Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do Corinthians, por envolvimento no confronto que ocorreu algumas horas antes do clássico paulista, no Morumbi. A briga, armada com bastões e barras de ferro, não resultou em feridos, mas gerou repercussão imediata.
A identificação dos envolvidos foi possível graças a câmeras de segurança e ao uso da tecnologia de reconhecimento facial, conforme explicou o delegado Cesar Saad. As imagens de monitoramento ajudaram a montar o quebra-cabeça do episódio. O delegado descartou a hipótese de emboscada, já que ambos os grupos estavam fortemente armados e, segundo informações da Polícia Militar, o incidente aconteceu em uma área onde os corintianos iriam assistir ao jogo na sede de sua torcida.
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A Federação Paulista de Futebol, em nota, repudiou o ocorrido e exigiu que os envolvidos sejam banidos dos estádios, afirmando que o futebol não pode servir de desculpa para a violência. Este não é um episódio isolado: desde a implementação da torcida única, em 2016, já houve pelo menos sete mortes em confrontos como esse. A polêmica em torno do uso dessa medida segue em alta, questionando se ela realmente tem sido eficaz na redução da violência nos estádios.
No caso desta briga, a proximidade das sedes das principais torcidas organizadas e da própria Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva não impediu que o confronto ocorresse a poucos metros do local de investigação. Uma situação preocupante que evidencia a complexa relação entre as torcidas, a polícia e o ambiente esportivo no estado.
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