O que move um time que viaja mais de 30 horas de barco para competir? Para as meninas de handebol de Barcelos, no Amazonas, é a paixão pelo esporte e o desejo de colocar sua região no mapa das grandes competições. Enfrentando a seca do Rio Negro e as dificuldades de uma viagem exaustiva, elas chegaram aos Jogos da Juventude com um objetivo claro: conquistar uma vaga na elite do handebol nacional.

A jovem goleira Jade Garrido, de 16 anos, é o coração da equipe. Veterana em edições dos Jogos, Jade não esconde o orgulho de representar o Amazonas e da oportunidade que o esporte lhe proporciona. "Não é só sobre competir, mas sobre o que aprendemos nessa jornada. Cada viagem, cada jogo, transforma nossa visão do mundo", refletiu a atleta, que também inspira suas irmãs a seguir seus passos no handebol.

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Na estreia, as amazonenses enfrentaram a forte equipe da Paraíba e sentiram o peso de jogar fora de casa, com um placar desfavorável de 28 a 15. No entanto, o técnico Josemir Bezerra mantém o foco no crescimento. "Cada jogo é um passo na formação dessas atletas. O esporte aqui está começando, e essas experiências são fundamentais para atrair mais jovens", afirmou o treinador, que lamenta a falta de competições regulares na região.

Com o próximo desafio marcado contra o Piauí, as meninas de Barcelos seguem firmes no sonho de chegar à primeira divisão. Para elas, a quadra é muito mais do que um lugar de competição: é palco de histórias de superação e do desejo de inspirar novas gerações a abraçar o esporte, mesmo nos cantos mais distantes do Brasil.