Um crime de cinema abalou a SoccerGrass, fornecedora do gramado sintético do Allianz Parque. Cerca de 8.000 m² de material, avaliado em R$ 1,3 milhão, foram furtados em uma ação ousada na zona sul de São Paulo. A tranquilidade dos criminosos, que usaram três caminhões e operaram por quatro horas, deixou a empresa e a polícia intrigadas.

O destino da grama furtada já estava traçado: seria instalada no CT de Legado da Fifa, em Balneário Camboriú. As investigações ainda não avançaram significativamente, mas o modus operandi sugere um esquema bem planejado. Alessandro Oliveira, presidente da empresa, revelou que a reposição pode levar até 90 dias, agravada pela alta do dólar e pela ausência de seguro para o material.

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As imagens das câmeras externas captaram a calma dos ladrões ao invadir e esvaziar o depósito. Internamente, porém, a falta de monitoramento impediu registros mais detalhados. A SoccerGrass, com três décadas de atuação, nunca havia enfrentado um prejuízo semelhante e já anunciou uma recompensa para quem fornecer pistas.

O caso expõe uma fragilidade alarmante na segurança de grandes fornecedores, mesmo aqueles ligados a projetos de renome. Enquanto o futebol brasileiro se orgulha de suas arenas modernas, um crime dessa magnitude levanta dúvidas sobre a proteção de ativos tão valiosos.