Destruição da pista do Ibirapuera gera controvérsias entre atletismo e automobilismo
Palco histórico da natação brasileira cede espaço para corrida de carros, gerando protestos e debates sobre o futuro do local
O emblemático Estádio Ícaro de Castro Mello, no Ibirapuera, São Paulo, está no epicentro de uma polêmica após a decisão de destruir sua pista de atletismo para a realização de uma prova de automobilismo, a Ultimate Drift, nos dias 9 e 10 de março. Considerado um dos principais símbolos do atletismo brasileiro, o estádio tornou-se alvo de críticas e debates intensos sobre a decisão de abrir espaço para eventos automotivos.
A empresa responsável pela corrida, Ultimate Drift, justifica a ação alegando que a pista estava deteriorada e impossibilitava a prática do atletismo há anos. No entanto, a iniciativa recebeu críticas nas redes sociais, levando a empresa a responder às acusações. A gestão Tarcísio de Freitas defende que a reforma se fazia necessária devido à deterioração da pista e que a destruição era uma etapa obrigatória no processo, realizada sem custos públicos.
A Secretaria de Esportes planeja reuniões entre os organizadores do evento, a comunidade do atletismo e demais interessados, buscando um entendimento. Enquanto a CBAt expressa indignação e preocupação com a destruição do "templo do atletismo paulista", figuras como Joaquim Cruz e a Comissão de Atletas da CBAt lamentam a transformação do histórico espaço, destacando sua importância para o desenvolvimento da modalidade.
O estádio, inaugurado em 1974 e batizado em homenagem ao arquiteto e ex-atleta Ícaro de Castro Mello, enfrenta agora um debate acirrado sobre o equilíbrio entre preservar a história esportiva e adaptar espaços para novas atividades, refletindo desafios enfrentados por locais emblemáticos diante de mudanças de uso.
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