Apostas em vaquejada são liberadas no Brasil
Modalidade tradicional nordestina entra no mercado regulado de jogos
O Brasil deu mais um passo no cenário das apostas esportivas com a liberação de modalidades tradicionais envolvendo animais. Entre elas, destacam-se a vaquejada, ícone cultural do Nordeste, e provas de velocidade com cavalos. O anúncio, publicado no Diário Oficial nesta terça-feira (31), representa um marco na regulamentação do mercado, que passa a vigorar a partir de amanhã, dia 1º de janeiro.
A decisão do Ministério do Esporte busca equilibrar tradição e controle estatal. Reconhecendo a vaquejada como esporte oficial, a medida evita o mercado clandestino e reforça a fiscalização. As novas regras, no entanto, excluem corridas de turfe, mantendo o foco em práticas descritas como "técnicas". Para especialistas, a medida sinaliza uma tentativa de alavancar receitas e preservar o patrimônio cultural.
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O cantor Wesley Safadão, figura de destaque na promoção da vaquejada, aparece como protagonista desse mercado, com patrocínios e até empresas próprias no setor de apostas. Sua atuação reforça a importância econômica e midiática do esporte, atraindo tanto investidores quanto fãs apaixonados por cavalos e tradição.
Mas nem tudo é consenso. Em estados como São Paulo, legislações locais já tentaram barrar práticas envolvendo animais, gerando embates judiciais. A regulamentação federal, por sua vez, amplia o leque de modalidades permitidas, abrindo espaço para discussões sobre o impacto ético e cultural dessas competições. A pergunta que fica é: até onde tradição e modernidade podem andar juntas no Brasil?
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