Anulação de pênalti na Champions reacende debate sobre transparência
Decisão do VAR causa indignação e levanta questionamentos sobre arbitragens
O VAR voltou a ser protagonista na Champions League. No clássico entre Atlético de Madrid e Real Madrid, válido pelas oitavas de final, a tecnologia interferiu até na disputa de pênaltis. Julián Álvarez converteu sua cobrança para o Atlético, mas, após reclamação dos jogadores do Real, o VAR anulou o gol, alegando um toque duplo na bola. A decisão revoltou torcedores e até mesmo Diego Simeone, técnico do Atlético, que contestou a marcação.
As imagens disponíveis durante a transmissão não mostravam indícios claros da irregularidade. Nem mesmo as inúmeras repetições ofereciam uma prova conclusiva. Ainda assim, o polonês Tomasz Kwiatkowski, responsável pelo VAR, determinou a infração e o árbitro de campo, Szymon Marciniak, acatou a decisão. No dia seguinte, a UEFA divulgou um novo ângulo que confirmava, de forma mínima, o toque duplo. Mas já era tarde: o Atlético estava eliminado, e a polêmica, instaurada.
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Esse tipo de decisão reforça o desconforto com a falta de transparência do VAR. Se há um ângulo decisivo, por que ele não é exibido em tempo real para jogadores, treinadores e torcedores? A tecnologia, que deveria reduzir polêmicas, muitas vezes as multiplica por não ser aplicada de forma clara e objetiva.
A UEFA já sinalizou que pode discutir a regra do toque duplo não intencional, mas o problema maior não está nas normas, e sim na forma como o VAR é utilizado. O futebol precisa que suas decisões sejam visíveis e compreensíveis para todos. Caso contrário, continuará sendo um jogo decidido nos bastidores da cabine de arbitragem.
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