Rickson Gracie enfrenta o maior adversário: o Parkinson
Lenda do jiu-jítsu conta como batalha contra a doença avança
Aos 64 anos, Rickson Gracie, ícone do jiu-jítsu brasileiro, encara um dos combates mais desafiadores de sua vida: o Parkinson. Diagnosticado em 2021, o lutador não se deixa abater. "Não estou aqui para ser finalizado pelo Parkinson. Estou aqui para lutar contra ele", afirmou Rickson em entrevista, mostrando que sua força mental é tão afiada quanto o seu talento no tatame.
No livro recém-lançado, Conforto na Escuridão, Rickson compartilha suas reflexões sobre a luta contra a doença, a perda do filho Rockson e as rixas familiares que marcaram sua trajetória. Para ele, o Parkinson é apenas mais um oponente, e vencer vai muito além da vitória física: "Agora preciso aprender a superar de uma forma mais espiritual do que física", explica o mestre, cuja disciplina é exemplo no esporte.
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A rotina de Rickson mudou radicalmente. Adepto de novos hábitos para lidar com a condição, ele eliminou a carne, bebidas alcoólicas e passou a focar em práticas que mantêm seu corpo e mente equilibrados. Com cinco sessões de fisioterapia semanais, ele encara a doença com a mesma determinação que o fez um campeão nos anos 1980 e 90. Para Rickson, a batalha agora é sobre resiliência e aceitar o presente como uma conquista diária.
Apesar dos desafios, a perda do filho e as lesões acumuladas, Rickson segue firme, com o objetivo de inspirar. "Não existe amanhã garantido", reflete ele. Cada momento ao lado da família e dos alunos tem agora um valor mais profundo, elevando seu legado a um nível de sabedoria que só um guerreiro experiente poderia alcançar.
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