"Tudo começou quando eu tinha 5 anos de idade, quando comecei a treinar e gostar bastante do karatê. Desde pequeno eu sempre disse que queria lutar no UFC", conta Lucas Silva.

Grande apoiadora da carreira do filha, a mãe, Claudia de Oliveira, sempre o incentivou a ter contato com atividades saudáveis para que ele pudesse ter uma rotina diversificada. "Muito empolgado com as aulas, ele se dedicava bastante, sempre levou muito a sério o esporte, não faltava às aulas de forma alguma, foi justamente nessa época que descobri o quanto meu filho estava se desenvolvendo com o esporte, enfrentando seus medos, em competir com seus coleguinhas, quebrando seus paradigmas quando lutava e nem sempre ganhava, mas nunca desistia. Sempre queria participar das competições, dos campeonatos e assim se passaram longos anos no karatê", disse a mãe de Lucas.

Ao completar 9 anos, Lucas iniciou em outra modalidade de esporte, o Muay Thai, uma luta marcial tailandesa. Foi quando ele se descobriu no esporte e, dia após dia, foi tendo a certeza do que ele queria. Lucas, então, foi demonstrando cada vez mais paixão pelo esporte. Aos 11 anos ele ingressou no Jiu-Jtisu e hoje sonha em ser lutador de UFC.

'Sinceramente eu achava que era empolgação de criança, e tivemos várias conversas a respeito com ele e sempre ele dizia: "Mamãe eu quero ser lutador do UFC". A princípio tive muita resistência, não queria nem pensar na possibilidade, tive medo, mas a dedicação, o comprometimento e a paixão que ele tem pelo esporte é tão grande, que não tive outra opção a não ser de apoiá-lo", contou Claudia de Oliveira.

Um dos momentos mais marcantes que revelaram a dedicação e o amor de Lucas pelo esporte, foi durante a pandemia, apesar das diversas medidas que limitaram a circulação de pessoas e as atividades presencias, ele se apegou a única coisa que não o deixaria parar de treinar: as mentorias online.

"Com a chegada da pandemia e com a paralisação de todo tipo de atividade, a solução que encontrei foi me exercitar em casa, sempre pensando à frente, para que meu nível de Jiu-Jitsu não caísse. Treinava duas vezes por dia, de manhã e à noite, junto ao apoio do meu mestre Renato Velame, fazíamos um treino online, para que ele acompanhasse os treinos que estavam sendo feitos", disse Lucas.

"Foram várias horas de mentorias de treinos e na maiorias das vezes, só tinha ele como aluno fazendo a aula com mestre Renato Velame", conta sua mãe sobre a dedicação de Lucas.

Hoje com 14 anos, Lucas segue uma vida normal de um adolescente, estudando e está no 9 ano do ensino fundamental II, faz musculação, também estuda música e segue a rotina de treinos que é bastante intensa.

"Faço o possível para ajudá-lo em tudo, vivo no mundo dele e por ele, acreditando no seu potencial e vivenciando sua dedicação, seu foco e suas iniciativas em tudo que faz. Exemplo disso, foi quando ele me pediu para fazer seu currículo esportivo para participar dos campeonatos. E aí que percebo que meu menino, aos poucos, está amadurecendo e se preparando para novas experiências. Mérito exclusivo dele, muito determinado onde quer chegar", disse a mãe do atleta.

O mestre e treinador de Lucas, Renato Velame, é só elogio. "Lucas é um atleta muito dedicado. Ele treina Jiu-Jitsu desde os 11 anos de idade, e desde sempre vem se destacando. Ele tem uma capacidade física muito avançada para a idade dele e é um menino que gosta muito de treinar, se dedica bem aos treinos, tem uma equipe multidisciplinar que acompanha ele, nutricionista, psicólogo, ele tem todo o apoio na academia com bastante treinos, e está muito bem treinado para esta competição e eu tenho certeza que ele será campeão".

No entretanto, como todo atleta em início de carreira, Lucas precisa de apoiadores para o ajudarem a participar deste campeonato mundial, que é mais um passo para realizar seu sonho de um dia entrar no UFC, bem como fortalecer o esporte na cidade de Feira de Santana, na Bahia e no Brasil.