Harmonia no tatame: Karate fortalece, ainda mais, união entre pai e filha
Empenho da filha foi a faísca que faltava para reacender no pai o fogo do amor pelo Karatê
Uma paixão que passou de pai para filha: é o que se pode dizer do carateca Frank Melo, com a sua filha Lara Beatriz, de 14 anos, que foi o principal destaque da equipe brasileira no V Campeonato Panamericano JKS, realizado há três semanas em Santiago no Chile. Ela foi a única atleta a conquistar três medalhas de ouro nas modalidades de Katá individual, Katá por equipe e Koten Katá, uma história interessante porque ela e o seu pai treinam juntos confirmando que a arte marcial tem o dom de unir famílias.
Lara Beatriz é atleta das Astekas e anterior a este feito em solo chileno, ela já havia conquistado um vice-campeonato no Mundial de Karatê 2019, realizado em Dublin na Irlanda e agora em meio a oito caratecas feirenses que disputaram o Panamericano obteve um resultado significativo ao trazer três medalhas de ouro na bagagem do Chile. "Estou feliz com este feito, mas sei que não foi fácil porque treinei duro durante muitos meses. Além disso, tivemos que correr atrás de recursos porque não tivemos apoio, patrocínio, mas graças a Deus, dentro do tatame superamos tudo isso e os resultados aconteceram", disse.
A garota treina Karatê desde os 7 anos, mas a arte marcial está presente na sua família há mais tempo por conta do pai, Frank Melo, que também é carateca e junto com a esposa, Fabiane, foram os principais incentivadores para que Lara ingressasse no esporte. "A minha história no Karatê já tem quase 30 anos: ia bem, mas quando estava na faixa verde, tive que abandonar o esporte por questões financeiras. Ela nasceu e aí com uns 7 anos, ela começou no Karatê pegou gosto e está aí até hoje graças a Deus para orgulho meu e da mãe", afirma.
O empenho da filha foi a faísca que faltava para reacender no pai o fogo do amor pelo Karatê. "A esta altura eu já estava com sobrepeso, mas vendo o empenho dela, eu me motivei e recomecei no esporte e não quero parar mais. Treinamos juntos, competimos e com certeza isso fortalece ainda mais os nossos laços afetivos", ressaltou Frank.
Para a garota ter o pai treinando ao seu lado é maravilhoso. "Sinto orgulho porque é um o tempo todo motivando o outro, a gente se conhece mais, se entende mais. É bom ter ele sempre perto de mim", declara.
OUTRO EXEMPLO
Mas não é só Lara Beatriz que treina em família: dentro da própria academia Astekas existem outros exemplos como Oldac Gabriel que já é o terceiro de uma geração de caratecas: o seu avô Oldac e o seu pai Adriano Araújo são atletas e campeões. Adriano Araújo é o atual coordenador da equipe Astekas e destaca esta união. "É lindo ver este amor sendo passado de pai para filho e só o esporte na verdade é capaz de proporcionar situações como estas. Ficamos felizes e cada vez mais motivados a treinar e buscar superar todas as dificuldades para sempre trazemos novas conquistas", ressaltou.
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