Academia presta homenagem ao ex-lutador Waldemar Santana
A jornalista Mara Santana, filha do homenageado, agradeceu ao professor Leo Cerqueira da Silva
O Centro de Treinamento KAMUI Artes Marciais Training realizou no último final de semana, na sede da entidade, aposição do quadro do ex-lutador de Jiu-Jitsu Waldemar Santana, na galeria dos mestres. O espaço possui uma das melhores estruturas da cidade de Feira de Santana, para a prática de lutas como jiu-jitsu, judô e demais artes marciais.
O Centro de Treinamento é responsável pelo Projeto Social Team Kamui que atende 45 crianças e adolescentes de comunidades carentes, e que não têm condições de pagar mensalidade, com aulas gratuitas de artes marciais. O projeto foi fundado pelo professor Leo Cerqueira da Silva.
A jornalista Mara Santana, filha do homenageado, agradeceu a iniciativa e afirmou estar feliz e emocionada, não apenas pela homenagem prestada, "mas acima de tudo por saber que existe um projeto social esportivo tão importante em Feira de Santana, que orienta jovens e crianças carentes a seguir uma vida baseada nos conceitos do respeito ao próximo, empatia, humildade e responsabilidade", enfatizou.
O homenageado
A vida de Waldemar Santana e sua importância na história das artes marciais não se resumem apenas às 3h45min, tempo que durou a luta que travou em 1955 com Hélio Gracie e sua vitória, que o consagrou como um dos melhores lutadores do Brasil. Vai muito além disso, e começa no início da década de 50, quando um jovem atleta, com 22 anos, decidiu deixar Salvador, sua terra natal, para correr atrás de seus sonhos. Partiu para a capital federal da época, o paradisíaco Rio de Janeiro, sede da academia da família Gracie, já conhecida por sua fama no treinamento de jiu-jítsu.
Waldemar muito ajudou a impulsionar a luta livre e jiu-jítsu, que se transformaram numa febre nacional, com o surgimento de centenas de novos atletas, além de divulgar o nome da Bahia em todo o país. O atleta foi tema de uma crônica de Nelson Rodrigues virou personagem em histórias populares e serviu de mote para os repentistas nordestinos, passando a ser cantado em prosa e verso. Em quinze anos de lutas profissionais, o Leopardo Negro, como era conhecido, nunca se esquivou de desafios e enfrentou todos os principais pugilistas do país. Tornou-se recordista em apresentações, com 286 combates.
Comentários:
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.