2022 teve brasileiros brilhando nos principais eventos de MMA

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2022 teve brasileiros brilhando nos principais eventos de MMA

Temporada foi marcada por campeões retomando seus tronos e títulos conquistados  

Crédito: Reprodução

O ano de 2022 vai chegando ao fim e foi uma temporada marcada por grandes histórias no MMA. Entre a ascensão de novas estrelas e as quedas de outras, grandes zebras passearam pelos cages mundo afora, assim como aqueles que perderam seus tronos e trataram de batalhar para retomá-los. Definitivamente, um ano que entrou para a história, e com muitos brasileiros escrevendo seus próprios capítulos.

UFC: Tem que acreditar até o fim

O octógono mais famoso do mundo sediou algumas de suas mais épicas batalhas na temporada 2022. Gilbert Durinho e Khamzat Chimaev, por exemplo, fizeram uma das mais duras lutas do ano, e ela sequer valia um cinturão. Não por acaso que, naquela noite com duas disputas de títulos no UFC 273, o duelo entre o brasileiro e o checheno foi carinhosamente chamado de "main event do povo".

Amanda Nunes provou, mais uma vez, que é dominante entre as mulheres. Após sofrer uma inesperada derrota para Julianna Peña no final do ano passado, a "Leoa" voltou decidida a mostrar que ela é quem manda no octógono, e desbancou sua rival na aguardada revanche. Quem também recuperou seu posto de volta foi Deiveson Figueiredo, que reconquistou o título dos moscas, e o colocará em jogo numa inédita quadrilogia contra Brandon Moreno, em janeiro, no Brasil.

Mas o ano que se encerra ficará na memória, principalmente, de três lutadores que acreditaram na vitória até o fim, e foram recompensados com cinturões. E um deles é brasileiro.

Jiri Prochazka superou Glover Teixeira nos segundos finais do quinto round quando já perdia nas papeletas dos juízes. O lutador da República Tcheca conseguiu uma finalização e conquistou o cinturão dos meio-pesados. Leon Edwards não foi diferente. Ele tirou um chute certeiro da cartola e nocauteou Kamaru Usman, provocando uma das maiores zebras do ano e levando pra casa o título dos meio-médios.

E os fãs brasileiros provaram um pouco dessa emoção no finalzinho de uma disputa com a atuação de Alex Poatan diante de Israel Adesanya. O brasileiro vinha perdendo o duelo pelo cinturão dos médios contra o lutador nigeriano, mas, incentivado por Glover Teixeira em seu córner, acreditou e foi buscar o nocaute no quinto round, fazendo a festa da torcida e abrindo 3x0 em seu placar pessoal contra o rival.

Bellator: O retorno do Rei

Maior lutador da história do Bellator, Patrício Pitbull foi desbancado em 2021 por AJ Mckee no aguardado duelo pela final do GP do peso-pena. O lutador potiguar voltou para casa, treinou duro e, em abril deste ano, reencontrou seu oponente e venceu a revanche, tomando de volta o título da categoria. Em outubro, ainda colocou o cinturão em jogo e superou o promissor Adam Borics, mantendo-se no topo do evento.

Falando em reinados, Cris Cyborg esteve em ação pela organização apenas uma vez, mas dominou Arlene Blencowe, defendendo com sucesso o título do peso-pena. Depois, começou a se aventurar no boxe, e já emendou duas vitórias na Nobre Arte.

PFL: A volta por cima

A Professional Fighters League (PFL) promoveu mais uma temporada de seus famosos torneios e coroou novos campeões. Nomes como Ante Delija e Brendan Loughnane foram alguns dos atletas que brilharam e levaram para casa o sonhado cheque de US$1 milhão. Entretanto, nenhum deles teve a trajetória de Larissa Pacheco.

A brasileira havia batido na trave em outras ocasiões, e já acumulava duas derrotas para a temida Kayla Harrison, mas o destino colocou as duas lutadoras frente a frente mais uma vez na final do torneio de 2022. E, desta vez, quem levou a melhor foi Larissa. A brasileira surpreendeu a bicampeã olímpica de judo, dominou o combate, ficou com o título e é a mais nova milionária do pedaço.

ONE: Altos e baixos para o cara das "mãos de pedra"

Maior campeão da história do jiu-jítsu, Marcus Buchecha continua em seu rumo para o primeiro cinturão no MMA. O faixa-preta somou duas vitórias, uma delas por nocaute, e promete figurar nos grandes duelos de 2023 na organização asiática.

Falando em grandes duelos, Adriano Moraes viu seu cinturão dos moscas escapar contra a lenda Demetrious Johnson. O confronto entre eles está empatado, e o tira-teima já está marcado para o dia 5 de maio, na estreia do evento em solo americano.

Mas quem teve um ano cheio de altos e baixos foi John Lineker. O "Mãos de Pedra", como é conhecido, finalmente teve sua disputa de título contra o compatriota Bibiano Fernandes, um dos maiores nomes da história do ONE, em março deste ano. Justificando seu apelido, ele venceu por nocaute no segundo round e conquistou o cinturão dos galos. Sete meses depois, no entanto, perdeu o título na balança, ao não bater o peso de sua categoria para o duelo contra Fabrício Andrade. Se não bastasse isso, na hora da luta levou um golpe baixo involuntário e a disputa foi encerrada sem resultado (No Contest).

Lineker e Fabrício irão se reencontrar em fevereiro para terminar o que começaram.

Rizin: Dobradinha brasileira no Japão

Para os saudosistas, o Japão sempre vai lembrar os velhos tempos do Pride. O extinto evento marcou os fãs, mas os órfãos do show que consagrou Wanderlei Silva e Rodrigo Minotauro podem amenizar a saudade com o Rizin. E não é que tem uma dupla brasileira brilhando por lá?

Roberto Satoshi é o número um dos leves. Em abril, ele provou isso mais uma vez ao finalizar Johnny Case no primeiro round. Neste sábado, ele será a principal estrela do show enfrentando AJ Mckee, em um desafio do Rizin contra o Bellator.

Quem também será colocado à prova é Kleber Koike. Ele venceu três lutas em 2022, a última delas pelo título dos penas, contra Juntarou Ushiku. No confronto contra o Bellator, terá pela frente ninguém menos que Patrício Pitbull.

Provando cada vez mais que é um esporte global, o MMA não se restringiu apenas a estes cinco eventos. A temporada teve duelos empolgantes em shows como KSW, ACA, LFA, Invicta e, claro, nos brasileiros Jungle Fight e Shooto Brasil, só para citar alguns. 

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