Estudante e dançarina Larissa Valéria é eleita Deusa do Ébano 2024
Jovem foi coroada durante a 43ª edição do concurso Noite da Beleza Negra
No ano em que o Ilê Aiyê completa meio século de existência, Larissa Valéria, de 29 anos, assume o posto de Deusa do Ébano numa dança afinada com a história de resistência e luta do primeiro bloco afro do Brasil. Filha de Omolu, a jovem foi coroada durante a 43ª edição do concurso Noite da Beleza Negra, na madrugada deste domingo (14).
Mãe de três filhos, Larissa se desdobra em muitas profissões. "Eu sou estudante, eu sou professora, eu sou empresária, eu sou dançarina, eu sou coreógrafa, eu sou o que você quiser", brincou ela, em entrevista ao Portal Massa!.
A multiprofissional participou do concurso por três vezes até ser consagrada Deusa, e recebeu o título pelas mãos do coreográfo Zebrinha e do diretor artístico da cerimônia, Elísio Lopes.
Para fazer companhia a ela no reinado, foram eleitas as princesas Lorena Bispo, ganhadora do segundo lugar, e Caroline Xavier, o terceiro lugar. As três foram premiadas com troféus, fantasias e uma quantia em dinheiro.
A comemoração das vencedoras aos títulos de Rainha e Princesas do Ilê Aiyê 2024 foi embalada pela Banda Aiyê e por Carlinhos Brown e Russo Passapusso.
Trajetórias eternizadas
A Noite da Beleza Negra, que este ano teve o tema "Afro dos Afros", contou com apresentação de Arany Santana, Sandro Teles e Val Benvindo. O roteiro do espetáculo contou a história de emoção e luta do Mais Belo dos Belos, que foi seguida por tantos outros blocos afros do Brasil.
Um dos pontos altos da noite foi a homenagem à matriarca do Ilê, Mãe Hilda Jitolu, interpretada por Taís Araújo. Também participaram da cena Samuel de Assis e Diogo Almeida, que cantaram acompanhados pelos tambores da Banda Aiyê.
Além disso, uma verdadeira realeza passou pelo palco com a reunião de Deusas do Ébano de anos passados, como Edilene Alves, Gerusa Menezes, Sueli Conceição, Natalice Santana, Priscila Santos e Taís Carvalho.
O Ilê também dedicou um momento a blocos afros de outros estados que beberam e bebem na fonte do Ilê Aiyê para nascer e se constituir. São eles Akomabu, do Maranhão, Agbara Dudu, do Rio de Janeiro, e Afro Magia Negra, de Belo Horizonte.
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