SESI transforma vida de estudantes baianos através de aulas de robótica
Desde a primeira turma os resultados positivos foram visíveis
Quando entrou no laboratório de robótica pela primeira vez em 2016, enquanto cursava o ensino médio no SESI Bahia, o estudante Bruno Nascimento Souza jamais imaginava que muito além de uma experiência totalmente nova e estimulante em termos de aprendizado, estaria encontrando ali sua vocação profissional. "As aulas de robótica mudaram tudo para mim. Aprendi muito mais do que montar ou programar robôs. Como estudante, pude ver nos laboratórios de robótica a aplicação prática dos conteúdos passados em sala de aula de várias matérias, como Matemática, Física e Sociologia, por exemplo", explica.
"A experiência foi um guia que indicou qual caminho eu deveria seguir, principalmente por sua parte competitiva. A robótica foi o estopim dessa minha ainda curta jornada com a Mecatrônica", explica. Pensar novas formas de construção de conhecimentos é um exercício fundamental em toda instituição de ensino. Com o avanço da tecnologia e a chegada de novas gerações de crianças e adolescentes cada vez mais antenados com as novidades, apostar em metodologias inovadoras é o que mantém a sala de aula como um ambiente interessante para os alunos. Foi pensando nisso que, há 15 anos, a Rede SESI Bahia de Educação decidiu investir na robótica como ferramenta de ensino e hoje vê resultados que vão muito além dos acadêmicos em milhares de alunos que passaram pela instituição nesse período.
De acordo com a gerente executiva de Educação e Cultura do SESI Bahia, Cléssia Lobo, que acompanhou a implantação da modalidade do início, desde a primeira turma os resultados positivos foram visíveis. "A inserção da robótica no programa curricular dos alunos nos mostrou desde o princípio que estávamos transformando a sala de aula em um lugar mais interativo e instigante. Os conteúdos passaram a ter uma experiência prática e, também, percebemos que é possível desenvolver capacidades além do cognitivo", explica.
As aulas de robótica também ajudaram no desenvolvimento de diversas capacidades interpessoais e emocionais dos estudantes do SESI Bahia. De acordo com o professor Luis Henrique Cardoso, "uma das mudanças imediatas foi na capacidade trabalhar em grupo, já que as aulas são em equipes de quatro a cinco alunos. Nessa dinâmica, eles precisam unir forças para solucionar problemas propostos através da construção dos robôs", diz.
"Através dessas vivências, eles passam pela iniciação científica, desenvolvem a capacidade de interpretação, oratória, consciência empreendedora, além de potencializar a maturidade. À medida que crescem na robótica, melhoram também nas outras disciplinas", completa. Um exemplo é o aluno Ronald Sá Barreto da Glória Cavalcante, que estuda na Rede SESI desde o 5º ano e se destaca pela dedicação nas aulas de robótica. Segundo o pai do aluno, Ronaldo Cavalcante, depois de experimentar a modalidade, o jovem passou por uma verdadeira transformação.
"É notável o amadurecimento dele, mesmo com apenas 13 anos, percebemos a mudança na forma de se expressar. Ele passou a ter uma visão mais articulada do mundo, da profissão que quer seguir. Acredito que quando o jovem passa a ser estimulado a desenvolver a capacidade de resolver problemas, muda de patamar e se torna mais criativo, independente, empreendedor", disse.
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