Paralisação: professores da rede estadual se manifestam em frente ao NTE em Feira

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Paralisação: professores da rede estadual se manifestam em frente ao NTE em Feira

Categoria reivindica reajuste salarial de 5,69% feito de forma integral. 

Foto: Mário Sepúlveda/ FE

Em campanha salarial e por melhores condições de trabalho, professores da rede estadual em Feira de Santana se manifestaram com faixas, na manhã desta segunda-feira (29), em frente ao Núcleo Territorial de Educação (NTE-19), situado na Avenida Presidente Dutra. 

Em toda a Bahia, a categoria paralisou as atividades hoje e amanhã (30), para cobrar do governo do estado o reajuste salarial de 5,69% feito de forma integral e não parcelado como propõe o governo, além de entre outros pontos da pauta de reivindicações, como pagamento de precatórios e recomposição de perdas salariais dos últimos anos.

Em entrevista ao Folha do Estado, a diretora da APLB-Sindicato, que representa os professores em Feira, Marlede Oliveira, explicou que além do reajuste salarial, existe também um embate quanto ao pagamento dos precatórios do Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério), pois o governo já recebeu os recursos do governo federal, mas ainda sinalizou quando serão repassados aos trabalhadores.

Foto: Mário Sepúlveda/ FE

"Além da manifestação que estamos fazendo, também estamos com uma paralisação nestes dois dias, segunda e terça-feira, para que a gente possa pressionar o governador a dar uma resposta à nossa pauta que é as questões salariais e outras como o pagamento dos precatórios, que os recursos já chegaram e a gente não sabe como está o trâmite lá sinalizado para o pagamento e como ele vai pagar com juros e correção. Além de reformulação do plano de carreira, nosso piso, pois vários professores estão sem piso na rede estadual, especialmente os aposentados do grau 1 e 2. Só quem está do grau 3 em diante é que está recebendo o piso, pois ano passado ele deu 14.95%, mas os demais foram 4%.", informou a sindicalista.

Foto: Mário Sepúlveda/ FE

Paulo Sérgio Leite Santos, diretor da delegacia do Vale do Paraguassu da APLB, que compreende sete municípios (Santo Estevão, Antônio Cardoso, Anguera, Itatim, Milagres e Rafael Jambeiro), destacou que muitos profissionais estão recebendo os salários abaixo do piso nacional garantido por lei.

"Nós temos um município que está com uma dificuldade maior, que é Rafael Jambeiro, que está há dois anos sem nenhum reajuste e está pagando bem abaixo do piso nacional, que é lei federal desde 2008. A questão dos precatórios, que muitos municípios estão pagando na íntegra, o estado está pagando 50% a menos. Então é uma briga também da rede estadual. Outra situação é o reajuste salarial, que o estado não concede um reajuste linear", disse.

Ele explicou que, por enquanto, a categoria está apenas realizando paralisações de alerta, mas não descarta o indicativo de greve.

"A gente está tendo uma conversa ainda com o estado, por isso que não entramos em greve, só paralisações por enquanto de alerta para que o estado possa se sensibilizar. Tudo que queremos é voltar para a sala de aula, porque greve é cruel e prejudica a vida de alunos, então queremos resolver. Queremos o piso deste ano de uma vez só, 5.69% não fatiado e também as diferenças salariais que deixaram de ser dadas em 2022 e 2023." 

Foto: Mário Sepúlveda/ FE
 

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