Número de analfabetos e taxa de analfabetismo mantêm tendência de queda na Bahia
A Bahia tinha 1,211 milhão de pessoas de 15 anos ou mais de idade não sabiam ler nem escrever
Em 2023, o número de pessoas analfabetas teve uma leve queda na Bahia, reduzindo pelo segundo ano seguido, e a taxa de analfabetismo no estado também oscilou negativamente. Com isso, ambos os indicadores chegaram aos seus menores patamares nos sete anos de série histórica da PNAD Contínua Educação, segundo o módulo temático sobre Educação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), de 2023. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (22) pelo IBGE.
No ano passado, na Bahia, 1,211 milhão de pessoas de 15 anos ou mais de idade não sabiam ler nem escrever um bilhete simples. Frente a 2022, quando eram 1,214 milhão, houve uma oscilação negativa de 0,2%, o que representou menos 3 mil pessoas analfabetas, no período.
O pequeno recuo absoluto do total de analfabetos foi o segundo consecutivo, fazendo com que o estado tivesse o seu menor número de pessoas nessa condição desde 2016, início da série histórica da PNADC. Ainda assim, a Bahia manteve o maior número de pessoas de 15 anos ou mais de idade que não sabem ler nem escrever, posto que ocupa ao longo de toda a série histórica da pesquisa.
A taxa de analfabetismo na Bahia ficou em 10,2%, em 2023, frente a 10,3% em 2022. Ainda assim, era a 8a mais elevada do país (piorando uma posição frente ao 9º lugar de 2019, ultrapassada por Pernambuco), num ranking liderado por Alagoas (14,2%), Piauí (13,3%) e Paraíba (13,2%).
Apesar de a taxa de analfabetismo baiana (10,2%) ter sido a menor da série histórica para o estado, em 2023 ainda equivalia a cerca de cinco vezes as verificadas nas unidades da Federação com menores percentuais de população sem saber ler nem escrever: Distrito Federal (1,7%), Santa Catarina (2,0%) e Rio de Janeiro (2,0%).
No Brasil como um todo, em 2023, 9,328 milhões de pessoas de 15 anos ou mais de idade eram analfabetas, o que equivalia a uma taxa de analfabetismo de 5,4%. Em 2022, esse indicador era de 5,6%, o que correspondia a 9,560 milhões de pessoas que não sabiam ler nem escrever.
O Plano Nacional de Educação (PNE) determina, em sua meta 9, que a taxa de analfabetismo de pessoas de 15 anos ou mais fosse de 6,5%, em 2015 - objetivo ainda não atingido por 12 dos 27 estados, todos eles das regiões Norte e Nordeste. A lei estabelece que o analfabetismo seja erradicado no país até 2024.
Na Bahia, entre 2022 e 2023, a taxa de analfabetismo caiu principalmente entre os idosos de 60 anos ou mais de idade que se declaravam brancos.
Entre os idosos, o percentual de analfabetos recuou de 30% para 29,3%, mantendo-se, ainda assim, quase o triplo da média do estado, com praticamente 3 em cada 10 pessoas de 60 anos ou mais de idade sem saber ler nem escrever.
Porém, entre os idosos brancos, o percentual caiu ainda mais, passando de 28,6% para 23,2%. Para os idosos pretos ou pardos na Bahia, houve aumento no analfabetismo frente a 2022, passando de 30,5% para 31%.
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