Laboratório da Inclusão destaca aprendizado, convivência e direitos das pessoas com deficiência
Iniciativa aprofunda cultura inclusiva na unidade escolar
Amor, empatia, solidariedade e respeito foram os principais elementos usados no "Laboratório da Inclusão", projeto realizado anualmente pela Escola Municipal Maria José Dantas (Caseb), que tem o objetivo de discutir a inclusão das pessoas com deficiência envolvendo toda a comunidade escolar. Esta semana os resultados das atividades desenvolvidas pelas turmas foram apresentados ao público. A programação é alusiva ao Dia Nacional do Deficiente Físico, celebrado nesta quarta-feira (11).
A professora da Sala de Recursos e idealizadora do projeto, Gabriela Cunha, explica que já existe uma cultura inclusiva na unidade escolar e o projeto é uma oportunidade para aprofundar o assunto.
"Nós abordamos a importância de aprender a conviver com as pessoas com deficiência e os direitos delas, abrangendo toda a escola. Este ano, nós tivemos a ideia de usar os assuntos que as crianças já estavam estudando em sala de aula para fazer analogias com o processo de inclusão", explica.
Os estudantes trabalharam com identidade, fases da Lua, sistema solar, movimentos de rotação e translação, estações do ano e sistemas do corpo humano. "Com cada um desses assuntos, eles apontaram semelhanças com o processo inclusivo. O terceiro ano, por exemplo, trabalhou como o sistema solar, abordando a importância do trabalho em rede para que a inclusão de fato aconteça", pontuou a idealizadora do projeto.
Davi dos Santos é estudante do quinto ano. A turma dele ficou com os sistemas do corpo humano. Ao pequeno foi dada a função de explicar sobre um dos órgãos mais importantes do corpo humano: o coração.
"Eu aprendi que o coração é um órgão que faz parte do sistema circulatório e bombeia o sangue distribuindo oxigênio e nutrientes por todo o corpo, mas também tem a função de bombear os resíduos do metabolismo para os locais adequados para que sejam eliminados. No coração, devemos guardar coisas boas, como empatia, solidariedade e respeito. Isso nos impulsiona a ter boas atitudes, afinal a boca fala o que o coração está cheio", contou.
Sandra Costa é auxiliar da educação especial e foi mediadora no projeto. Para ela, a atividade é mais uma prova de que a inclusão é possível. "Eu acompanho duas crianças com deficiência aqui na escola e, com esse projeto, elas puderam participar da construção de um livro. Contando com a ajuda dos colegas, elas confeccionaram papéis e fizeram desenhos. É muito bonito ver a inclusão se concretizando dessa maneira", disse.
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