Vendas no varejo nacional recuaram 0,5% em 2021, diz indicador do Boa Vista
Os consumidores se mantiveram cautelosos
O indicador antecedente da Boa Vista de Movimento do Comércio, que acompanha o desempenho das vendas no varejo em todo território nacional, encerrou o ano de 2021 com queda de 0,5% na comparação com o ano anterior. Na comparação mensal dos dados dessazonalizados o indicador apontou queda de 0,4% na passagem de novembro para dezembro. No mesmo sentido, na comparação interanual o índice diminuiu em 4,8%, contribuindo para a queda do resultado acumulado no ano.
Apesar das datas festivas em dezembro, que costumam movimentar as vendas no varejo, desta vez consumidores e comerciantes se depararam com um ambiente menos amistoso com a situação atual. A falta de confiança, que fez com que os consumidores se mantivessem cautelosos em dezembro, deriva do fato da renda do trabalho ter esbarrado numa inflação alta e resistente, mesmo com a elevação na taxa de juros, algo que encareceu o crédito e, provavelmente, também diminuiu sua contribuição no varejo.
Inflação e juros, por sinal, foram peças fundamentais nesse processo, além do fim do Auxílio Emergencial, que sustentou boa parte do consumo em 2020 bem como em 2021, ainda que seu alcance fosse menor. Neste cenário, o programa de vacinação e a reabertura total da economia foram muito importantes, mas não suficientes para levar o varejo ao campo positivo em 2021, encerrando o ano 7,3% abaixo do nível pré-pandemia.
Para 2022 o cenário não é muito diferente: os juros tendem a subir um pouco mais e mesmo que seja esperada uma desaceleração na inflação, as projeções mais recentes apontam para um número ainda acima do teto da meta de inflação para este ano, que é de 5,00%. Um fator que poderia ditar um novo rumo para o varejo este ano seria o mercado de trabalho, que vem apresentando números melhores, mas que passam longe de convencer um mercado pouco otimista com a economia brasileira.
Apesar das datas festivas em dezembro, que costumam movimentar as vendas no varejo, desta vez consumidores e comerciantes se depararam com um ambiente menos amistoso com a situação atual. A falta de confiança, que fez com que os consumidores se mantivessem cautelosos em dezembro, deriva do fato da renda do trabalho ter esbarrado numa inflação alta e resistente, mesmo com a elevação na taxa de juros, algo que encareceu o crédito e, provavelmente, também diminuiu sua contribuição no varejo.
Inflação e juros, por sinal, foram peças fundamentais nesse processo, além do fim do Auxílio Emergencial, que sustentou boa parte do consumo em 2020 bem como em 2021, ainda que seu alcance fosse menor. Neste cenário, o programa de vacinação e a reabertura total da economia foram muito importantes, mas não suficientes para levar o varejo ao campo positivo em 2021, encerrando o ano 7,3% abaixo do nível pré-pandemia.
Para 2022 o cenário não é muito diferente: os juros tendem a subir um pouco mais e mesmo que seja esperada uma desaceleração na inflação, as projeções mais recentes apontam para um número ainda acima do teto da meta de inflação para este ano, que é de 5,00%. Um fator que poderia ditar um novo rumo para o varejo este ano seria o mercado de trabalho, que vem apresentando números melhores, mas que passam longe de convencer um mercado pouco otimista com a economia brasileira.
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