Confiança do Comércio atinge menor nível desde abril de 2021
Em médias móveis trimestrais o indicador recuou 3,1 pontos
O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (FGV IBRE) cedeu 0,4 ponto em janeiro, ao passar de 85,3 para 84,9 pontos, menor nível desde abril de 2021 (84,1 pontos). Em médias móveis trimestrais o indicador recuou 3,1 pontos, a quinta queda consecutiva.
"A confiança do comércio inicia o ano reduzindo a velocidade da desaceleração observada no final de 2021. O resultado negativo foi influenciado pela percepção de queda no volume de vendas no momento. As perspectivas para os próximos meses melhoram, mas ainda é cedo para comemorar, considerando o patamar abaixo do nível neutro do índice. A inflação elevada, renda média do trabalhador em baixa, confiança dos consumidores em queda e juros em alta, parecem ser fatores que pressionaram a confiança do comércio nesse nível mais baixo. Para voltar ao caminho de recuperação da confiança, será preciso sinais positivos nos fatores mencionados, além da continuidade do controle da pandemia", avalia Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE.
Em janeiro, houve queda em três dos seis principais segmentos do setor. O recuo no mês foi resultado da piora da percepção sobre o momento presente. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) caiu 3,5 pontos chegando a 80,5 pontos, menor valor desde março de 2021 (75,9 pontos). Já o Índice de Expectativas (IE-COM) avançou 2,7 pontos, ao passar de 87,3 pontos para 90 pontos.
Dispersão entre os segmentos
"A confiança do comércio inicia o ano reduzindo a velocidade da desaceleração observada no final de 2021. O resultado negativo foi influenciado pela percepção de queda no volume de vendas no momento. As perspectivas para os próximos meses melhoram, mas ainda é cedo para comemorar, considerando o patamar abaixo do nível neutro do índice. A inflação elevada, renda média do trabalhador em baixa, confiança dos consumidores em queda e juros em alta, parecem ser fatores que pressionaram a confiança do comércio nesse nível mais baixo. Para voltar ao caminho de recuperação da confiança, será preciso sinais positivos nos fatores mencionados, além da continuidade do controle da pandemia", avalia Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE.
Em janeiro, houve queda em três dos seis principais segmentos do setor. O recuo no mês foi resultado da piora da percepção sobre o momento presente. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) caiu 3,5 pontos chegando a 80,5 pontos, menor valor desde março de 2021 (75,9 pontos). Já o Índice de Expectativas (IE-COM) avançou 2,7 pontos, ao passar de 87,3 pontos para 90 pontos.
Dispersão entre os segmentos
Os resultados negativos dos últimos meses têm aproximado o nível de confiança dos segmentos do setor, como mostra o indicador de dispersão abaixo. O desvio padrão do ICOM dos segmentos do setor chegou a registrar 14,9 pontos em dezembro de 2020, sendo o recorde da série. Após esse período crítico, a dispersão entre os segmentos oscilou ao longo de 2021 fruto dos reflexos da pandemia na atividade do setor. Nos últimos meses, essa dispersão voltou a cair mostrando uma aproximação entre os segmentos, mas de maneira não-virtuosa, em patamar baixo.
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