Orquestra Sinfônica da Bahia celebra 40 anos com apresentação de gala

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Orquestra Sinfônica da Bahia celebra 40 anos com apresentação de gala

Concerto será realizada na Sala Principal do Teatro Castro Alves 

Crédito: Divulgação | Fernando Gomes

Em 1982 foi fundada a Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba), atualmente sob gestão da Associação Amigos do Teatro Castro Alves (ATCA). Nesta sexta-feira (30) serão celebrados os 40 anos de criação da orquestra com um concerto de aniversário. A apresentação será na Sala Principal do Teatro Castro Alves, no Campo Grande, às 20h. As entradas custam entre R$ 5 (meia, da fileira Z6 à fileira Z11) a R$ 40 (inteira, da fileira A à fileira P).

A Orquestra será regida pelo maestro Carlos Prazeres, que tem liderado o conjunto desde 2011. Serão apresentadas ao total três peças no evento, todas escolhidas pelo maestro.

A primeira é Concerto para piano nº 2, do compositor austriaco Franz Liszt. A segunda será Concerto para Orquestra, do húngaro Béla Bartók.

Por fim, haverá a estreia de Zaratempo: Descer Para Ver, uma composição original para o evento, do compositor e professor da Escola de Música da UFBA, Paulo Costa Lima.

O programa da noite

Carlos Prazeres pontua como foram escolhidas as músicas, pontuando o peso delas para a apresentação.

"Descer Para Ver tem um cunho focado em Filhos de Gandhi, de Gilberto Gil. O Paulo Lima buscou dedicar essa peça especificamente para a OSBA, buscando transformar o palco nessa festa", conta.

"Também tem o Liszt nº 2, que é uma das principais peças da orquestra. Esse concerto possui diversos solos individuais para os nossos músicos, mostrando como a Osba é uma das mais importantes orquestras no Brasil e, ao mesmo tempo, é um concerto que requer muita determinação, mostrando o lado jovem da Osba. Finalizando, terá Concerto para orquestra do Bartók, que é um concerto em que todos os músicos acabam fazendo diversos solos, o que é lindo e importante de se ver, afinal, a Orquestra está fazendo aniversário e todo mundo tem a chance de mostrar a potência e o talento que ela tem"., detalha Prazeres

Além da celebração, Carlos ressalta a oportunidade de o evento evidenciar o grupo como um expoente no cenário da música de concerto brasileira. "Não é à toa que escolhemos um dos maiores desafios orquestrais, que é a obra de Béla Bartók, para ser tocada. Uma orquestra que toca ela tem uma assinatura por trás, provando sua imensa capacidade de ser uma das principais orquestras do país", afirma.

Público renovado

Prazeres comenta que não só a orquestra é jovem, como seu público também. Apesar dos estereótipos ligados à música clássica, o maestro celebra o sucesso da Osba entre o público mais novo.

"A Osba tem sido um farol para mudar a forma como a música clássica se apresenta para os jovens. A gente tem buscado uma imagem jovial, mostrando que a música clássica pode ser mais heavy metal do que o heavy metal, por exemplo", declara.

"Então, basta saber como ela é levada para as pessoas. A Osba tem um público essencialmente jovem, não à toa que ela lota em eventos como o Cine Concerto. Inclusive a orquestra tem um fã clube, o Osbafã, formado por majoritariamente pessoas novas", acrescenta.

Alessandra Serra, diretora executiva da Osba, corrobora a fala de Carlos e acrescenta a questão numérica. No final de julho havia sido feita uma pesquisa sobre a faixa etária do fã clube. Dentre os 110 integrantes, cerca de 11% estão entre os 12 e 19 anos de idade, e 30% entre 20 e 29 anos.

"Pessoas de todas as idades são bem-vindas aos nossos concertos. Mesmo os que só ouvem música clássica buscam familiarizar o público com este gênero de música, mas sem a intenção de 'civilizar' ninguém, e sim de semear a curiosidade. Me lembro muito de uma canção de Gilberto Gil, que diz 'o povo sabe o que quer, mas o povo também quer o que não sabe", declara Alessandra.

Por fim, Serra também acrescenta o concerto de aniversário e os futuros como meio da juventude baiana poder ter acesso à música clássica.

"É uma questão de promover o acesso de vários públicos à música de concerto. Os concertos da Osba buscam equilibrar a conservação de um patrimônio cultural mundial que é a música de concerto, executando-a de forma cada vez melhor, e também conversando musicalmente com a sociedade da qual esta Orquestra faz parte", afirma.

"Mas, em qualquer um dos concertos da Osba, se pode sentir a emoção e reflexão que a música provoca, e a música de concerto em especial", conclui.

Com informações do A Tarde Online.
 

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