Historiador Darlan Zurc lança coletânea de textos críticos
Livro passeia desde a Literatura à Economia, da Filosofia à cultura pop
O historiador, escritor e quadrinista Darlan Zurc, membro da baiana Academia de Letras do Vale do Itapicuru (Alvi) e da paulista Academia Guarulhense de Letras (AGL), lançou o livro "A fúria de papéis espalhados", que é uma coletânea de não ficção com vários temas.
Reunindo textos críticos e artigos escritos entre 1999 e 2004 em jornais de Feira de Santana (BA), como a "Folha do Estado da Bahia", o "Jornal Noite Dia" e a "Tribuna Feirense", além de alguns publicados em sites pelo país e inéditos, Zurc faz um passeio em assuntos que vão da Literatura à Economia, da Filosofia à cultura pop.
Com estilo provocador e ao mesmo tempo erudito, ele conclui, por exemplo, que Paulo Coelho "vende mais porque é fresquinho", pois esse autor revigoraria o ânimo do leitor pelo recurso da autoajuda, e que a democracia é o menos problemático dos regimes.
Além de ser um trabalho de análise cultural e a primeira obra solo do autor, "A fúria de papéis espalhados" possui um projeto gráfico arrojado, fazendo lembrar os livros da Idade Média, com papel mais grosso e na cor bege, letras capitulares do designer Paul Lloyd e ilustrações do artista plástico Albrecht Dürer (1471-1528).
O autor defende a modernidade, mas ataca o pós-modernismo. Elogia o Iluminismo, só que critica os marxistas. Exalta a política, contudo bate na direita e mais ainda na esquerda, que estava no poder na época. É uma metralhadora giratória influenciada por, entre outros, Gregório de Matos (1636- 1696) e Paulo Francis (1930-1997).
O livro tem a leitura facilitada por conta de uma apresentação bem explicativa e um índice onomástico no final, ou seja, um índice de nomes próprios. E o mérito maior, do autor, já tinha sido esclarecido certa vez pela rádio CBN paulistana (90,5 FM): "ele escreve bonito".
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