PF realiza busca na residência do casal investigado por hostilidade a Alexandre de Moraes
Ministro do STF relatou ter sido chamado de 'bandido', 'comunista' e 'comprado'
A Polícia Federal cumpre na terça-feira (18) um mandado de busca e apreensão na residência do casal Roberto Mantovani Filho e Andreia Munarão, investigado após a abordagem ao ministro do STF Alexandre de Moraes e familiares no aeroporto internacional de Roma, na sexta-feira (14).
Na terça-feira (18), Mantovani e Munarão foram interrogados pelos policiais federais em Piracicaba (SP). Um inquérito foi instaurado pela corporação para esclarecer os fatos. A ação foi autorizada pela presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Rosa Weber.
Em nota, a PF afirmou que "as ordens judiciais estão sendo cumpridas no âmbito de investigação que apura os crimes de injúria, perseguição e desacato praticados contra ministro do STF".
O corretor de imóveis Alex Zanatta Bignotto, genro de Mantovani, também é investigado. Alvo também da busca realizada nesta terça, Bignotto foi ouvido pela PF na manhã do sábado (15).
A defesa de Mantovani, 71, diz que o empresário relatou em depoimento ter reagido a ofensas e "afastado" uma pessoa que seria filho do magistrado.
Segundo o advogado Ralph Tórtima, porém, ele nega ter havido um empurrão ou agressão e afirma que agiu após sua esposa ter sido desrespeitada. Diz que não houve motivação política e que, em meio ao desentendimento, a família nem sabia se tratar de pessoas ligadas a Moraes.
O episódio aconteceu no aeroporto internacional de Roma, na Itália, na última sexta-feira (14). O ministro relatou ter sido chamado de "bandido", "comunista" e "comprado" por um grupo e que seu filho -o advogado Alexandre Barci de Moraes, 27- sofreu uma agressão, fazendo com que os óculos caíssem no chão.
Depois dele, a esposa, Andreia Munarão, também dará sua versão aos policiais. O casal estava acompanhado em Roma de Alex Zanata Bignotto, seu genro, e de Giovanni Mantovani, seu filho. No domingo (16), Bignotto prestou depoimento por duas horas à PF e negou a acusação de ofensas ao ministro.
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