Líder de caminhoneiros convoca protesto contra novo aumento de combustíveis
Wanderlei Alves diz ainda que guerra da Rússia é 'desculpa'
Wanderlei Alves, o Dedeco, um dos principais líderes da greve de caminhoneiros de 2018, afirma que o Brasil tem que "parar" em protesto contra o aumento dos combustíveis divulgado nesta quinta-feira, 10, pela Petrobras. As informações são da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo
"Os caminhoneiros autônomos e os empresários de transporte têm que se unir e parar o país. Ninguém vai aguentar. As transportadoras que têm 500, mil caminhões, com milhares de funcionários para pagar, vão quebrar", diz.
De acordo com a publicação, após parar em Mato Grosso seu caminhão para abastecer e seguir viagem até Presidente Prudente, em São Paulo, Dedeco disse que pagou R$ 6,8 o litro. "E agora vai para mais de R$ 8", reclama.
Na sua avaliação, a guerra da Rússia contra a Ucrânia está servindo como "desculpa para enriquecer ainda mais os donos da Petrobras". "Eles já tiveram um lucro absurdo, doentio com os aumentos mais recentes, e estão ficando milionários às custas da tragédia de todos nós. Só quem está feliz hoje no país são os investidores da Petrobras", continua.
Dedeco, segundo Bergamo, ainda afirma que caminhoneiros e transportadoras são os primeiros a sentir o baque, mas logo os preços são repassados e chegam "na gôndola dos supermercados, em todos os produtos", penalizando a população brasileira.
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