Ao todo, 20% das estudantes deixam escolas por falta de absorvente
Situação impacta diretamente na formação de novos profissionais
Um levantamento realizado pela organização Espro (Ensino Social Profissionalizante), junto da marca de absorventes Inciclo, revela mais dados sobre a pobreza menstrual. Ao menos 20% de jovens de 14 a 24 anos que menstruam já deixaram de ir à escola por não terem absorvente, conforme divulgado.
A situação é complicada para as mulheres que não têm acesso aos absorventes íntimos. De acordo com a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), mais de 700 mil meninas vivem sem acesso a banheiros ou chuveiros em suas casas. E no mesmo documento que levanta essas informações, a entidade afirma que mais de 4 milhões não têm acesso a itens básicos de cuidados menstruais.
A pesquisa da Espro com a Inciclo também constata que 42% das pessoas já ficaram mais do que o tempo indicado com o absorvente para economizar dinheiro. O índice sobe para 45% entre as pessoas pretas com até 2 salários mínimos. Pelo menos 32% declararam que já aconteceu de não terem dinheiro para comprar absorvente.
Em 2021, o presidente Bolsonaro vetou um projeto de lei que iria distribuir absorventes em escolas públicas de maneira gratuita, bem como para moradores de rua, presidiárias e outras pessoas em situação de vulnerabilidade. Como a decisão não caiu nada bem, o governo chegou a afirmar que recuaria na decisão, mas, até hoje, não houve retomada do assunto por parte do governo federal.
Com informações do IG.
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