532 pessoas foram regatadas da condição de trabalho escravo em agosto
Informação foi divulgada nesta terça, 5, pelo Ministério do Trabalho
Mais de 500 pessoas, inclusive crianças, foram resgatadas da condição de trabalho escravo no mês passado. A informação foi divulgada nesta terça-feira (5) pelo Ministério do Trabalho.
Segundo o ministério, a Operação Resgate III retirou 532 pessoas do trabalho escravo contemporâneo. Foram mais de 200 inspeções, em 22 estados e no Distrito Federal.
De acordo com o Ministério do Trabalho, essa foi a maior ação conjunta de combate ao trabalho escravo e ao tráfico de pessoas no Brasil.
Além do órgão, a operação teve a participação do Ministério Público do Trabalho, do Ministério Público Federal, da Defensoria Pública da União e das polícias Federal e Rodoviária Federal.
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, destacou que o trabalho escravo contemporâneo é uma agressão aos direitos humanos e é inaceitável. E também prejudica a economia do país.
Os estados com mais resgates foram Minas Gerais, com 204 pessoas e Goiás com 126.
Uma mulher de 90 anos, que trabalhou por 16 anos sem carteira assinada no Rio de Janeiro, é a pessoa mais idosa já resgatada de trabalho escravo no Brasil.
26 crianças e adolescentes estavam submetidos ao trabalho infantil. Desses, seis também estavam em condições semelhantes à escravidão.
Além disso, ao menos, 74 resgatados foram vítimas de tráfico de pessoas.
Segundo o Ministério Público do Trabalho, os trabalhadores já receberam, aproximadamente, R$ 3 milhões em verbas rescisórias e já foram pagos cerca de R$ 2 milhões,em danos morais coletivos.
Mas o valor total será maior porque muitos pagamentos ainda estão em processo de negociação com os empregadores ou serão judicializados.
O mês da operação é marcado pelo Dia Internacional para a Memória do Tráfico de Escravos e sua Abolição. E também pela data de morte do abolicionista Luís Gama, em 24 de agosto de 1882, patrono da abolição da escravidão no Brasil.
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