Implantação do campus da UFRB não vingou por questões ideológicas
EDITORIAL DA SEMANA
Defensor da implantação de um moderno e amplo campus da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) em Feira de Santana, o professor Evandro Oliveira lamenta o projeto não ter ainda saído do papel, prejudicando todo o desenvolvimento da região. Para ele, a edificação das instalações próprias esbarrou em questões ideológicas.
O projeto para implantação do campus universitário da UFRB apresentado em Feira de Santana, conforme recorda Evandro Oliveira, há cerca de 9 anos. E para que se tornasse uma realidade, a instituição de ensino público necessitaria da doação de uma área de terra ampla para implantação de inúmeros projetos.
Então, a partir daí, diversas reuniões e articulações movimentaram diversos setores organizados da sociedade em busca de um terreno, a ser doado pelo poder público, era a parte que lhe cabia dentro do projeto ou mesmo pela iniciativa privada. E o projeto ganhava fôlego com a dotação orçamentária de R$ 28 milhões oriundos do Governo Federal para implantação das instalações do campus universitário.
As discussões em defesa da instalação do campus da UFRB em Feira de Santana ganharam corpo e força com
o apoio do Instituto Pensar Feira, defensor da vinda da instituição universitária federal para a cidade. "Na época o prefeito Tarcízio Pimenta disse que ia ver, mas confessou que o Município não tinha dinheiro para
adquirir o terreno", lamentou Evandro Oliveira.
A aquisição do terreno, através de doação da iniciativa privada, somente veio ocorrer há cerca de três anos, durante o governo do ex-prefeito José Ronaldo e, mesmo assim graças ao Pensar Feira que mobilizou toda a cidade na busca por um doador. Vários apareceram e culminou com a doação feita por parte da família do empresa rio Hidelbrando Pinho. Entretanto, a disponibilidade do dinheiro federal acabou e a estrutura física própria da Universidade Federal do Recôncavo Baiano na cidade, que seria a maior de sua rede, não vingou.
Enquanto isso, a UFRB funciona em instalações alugadas, em espaço subdimensionado, a custos altos. "O aluguel gira em torno de R$ 80 mil a 100 mil", revelou Evandro Oliveira. Evandro entende as limitações das administrações. Ele observa que os gestores recebem uma série de necessidades e reinvindicações das comunidades e, na condição de político, escolhe os investimentos que considere mais necessários.
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