Frigorífico que Gustavo Lima é sócio é condenado a indenizar funcionária
Ação por direitos trabalhistas violados está no valor de R$ 26,3 mil
Contratada em maio de 2020 para o cargo de auxiliar de açougue, mediante salário de R$ 1.500, a mulher recebia R$ 1.110,31 em carteira e o restante por fora, numa espécie de caixa dois. Para se ter uma ideia, o valor mensal é inferior a um quilo da "Picanha Mito", criada em homenagem a Jair Bolsonaro e comercializada no ano passado a R$ 1.799,99.
A funcionária também relata que a empresa não fornecia equipamentos de segurança adequados, como luvas, e que, por isso, sofreu uma série de pequenos acidentes, cortando seus dedos. O vínculo empregatício durou seis meses.
Ainda segundo ela, o expediente começava às 7h30 e se encerrava às 20h30, de segunda a sábado, e às 13h30 aos domingos. Havia um intervalo de somente meia hora para repouso e refeição. Os réus alegam que o trabalho acabava às 18 horas, que o intervalo era maior e que a contratada tinha direito a uma folga por semana.
"As funções contratuais da reclamante eram a de embalar e frisar as embalagens de carnes, comercializadas pela reclamada, entretanto, com o passar do tempo, a reclamada passou a exigir que a reclamante fizesse cortes das carnes a serem embaladas, além da limpeza do estabelecimento e reposição de mercadorias", diz trecho da peça acusatória.
Na decisão, publicada no dia 19 de maio, a juíza Cleuza Goncalves Lopes, da 18ª Vara do Trabalho de Goiânia, se refere apenas aos danos materiais, como vencimentos e horas extras, ignorando os acidentes de trabalho. Além de Leandro, são réus no processo a mãe do empresário, Maria de Fátima da Nóbrega, e o cunhado, Geraldo Magela Pinto da Costa. Gusttavo Lima, cujo nome de batismo é Nivaldo Batista Lima, não é citado.
Com informações do De Olho nos Ruralistas.
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