Jair Bolsonaro colocou sob sigilo de 100 anos o cachê que o governo federal pagou ao cantor sertanejo Gusttavo Lima para participar do comercial da Mega da Virada da Caixa Econômica Federal (CEF) em 2021.

Previsto no artigo 31 da Lei de Acesso à Informação, o sigilo de cem anos se restringe a dados pessoais relacionados "à intimidade, vida privada, honra e imagem". O texto determina cem anos como o prazo máximo para esse tipo de sigilo, podendo o prazo pode ser menor.

De acordo com o Portal da Transparência, a Caixa desembolsou mais de R$ 10 milhões para a campanha, sem revelar o destino e o uso da verba. O valor destinado ao pagamento de Gusttavo Lima foi colocado em segredo sob o decreto presidencial.

O cantor, que esteve envolvido em polêmicas com megas cachês pagos com verbas públicas pelas prefeituras neste ano, teve os valores questionados dando início ao movimento que ficou conhecido como "CPI do Sertanejo". Lima também foi apoiador do presidente durante a campanha presidencial.