Nesta quinta-feira (23), a Polícia Civil e o Ministério Público da Bahia deflagraram a Operação Premium Mandatum, que abrangeu mais de quinze cidades do interior da Bahia, além da região metropolitana de Salvador.

Segundo o delegado Yves Correia, coordenador da Polícia Civil em Feira de Santana, a operação foi considerada um sucesso.

"Mais uma operação exitosa deflagrada pela Polícia Civil em conjunto com o Ministério Público da Bahia. Mais de vinte alvos já foram alcançados tanto fora do sistema penitenciário como também no sistema penitenciário. Então isso é um número extremamente relevante", destacou o delegado.

A Operação Premium Mandatum teve início na cidade de Senhor do Bonfim e foi coordenada por equipes locais em conjunto com autoridades de outras regiões. Em Feira de Santana, foram cumpridos dois mandados de prisão no presídio da cidade.

"Indivíduos que estão presos ordenam ataques, ordenam mortes da cadeia. Então é importante demais esse trabalho de inteligência, esse trabalho de polícia judiciária também com resposta tanto fora do âmbito penal do sistema prisional como também dentro do sistema prisional", afirmou.

Durante a operação, diversos celulares foram apreendidos nas unidades prisionais. Esses dispositivos serão encaminhados para perícia com o objetivo de extrair dados que possam auxiliar em investigações de homicídio e tráfico de drogas. O delegado ressaltou a importância da colaboração entre diferentes órgãos.

"A operação é toda acompanhada pelo GAECO, o grupo de combate às organizações criminosas, e também o grupo especial de execução penal Gaep, da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do Ceap."

A operação também visou dar uma resposta rápida e eficaz aos recentes ataques ordenados de dentro dos presídios.

"Quando se chegou nos mandantes daqueles ataques que ocorreram aqui em Recife recentemente, o Ministério Público junto com a Polícia Civil realizou aquele pedido e teve a transferência daqueles presos de Feira de Santana. Isso já gerou um efeito direto na criminalidade e nos números da cidade", explicou o delegado.

A ação destacou ainda a necessidade de monitoramento constante e operações de inteligência para compreender e combater a entrada de celulares nos presídios. Segundo Yves Correia, a Polícia Civil tem realizado diversas diligências para entender como os aparelhos entram nos estabelecimentos penais.

"Logicamente você tem situações que ou familiares adentram com aparelhos ou então usam drones para arremessar nos pátios. Também pegamos situações de funcionários envolvidos", relatou.

O delegado concluiu enfatizando a importância da colaboração da população através do número de denúncia 181.

As informações são do De Olho na Cidade.