Laudo aponta que dono de pousada de luxo na Bahia cometeu suicídio
Documento foi assinado no dia 19 de janeiro
O laudo do exame pericial apontou que o empresário Leandro Troesch cometeu suicídio dentro de um dos quartos da Pousada Paraíso Perdido, em Jaguaripe, no baixo sul da Bahia, em fevereiro do ano passado.
A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil, para saber se mesmo com o resultado do laudo, que foi assinado no dia 19 de janeiro deste ano, a esposa de Leandro Troesch, Shirley da Silva Figueiredo, presa no dia 9 de maio, continua sendo considerada suspeita de envolvimento na morte do marido. No entanto, não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem.
Ela já havia sido condenada a nove anos de detenção por participar de um crime de extorsão mediante sequestro, junto com o marido, em 2001.
A viúva do empresário estava em prisão domiciliar e fugiu após a morte do empresário, ocorrida em fevereiro deste ano.
Leandro foi encontrado morto dentro da própria pousada. A Polícia acreditava que Shirley tinha envolvimento na morte do companheiro. No dia 12 de maio, Shriley teve a prisão temporária mantida pela Justiça. A audiência foi virtual e aconteceu na Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca).
Participação de Maqueila BastosMaqueila Bastos, amiga de Shirley, teve a prisão temporária decretada no dia 14 de março, por suspeita de também ter envolvimento na morte de Leandro. Ela foi encontrada em Aracaju, em Sergipe, no dia 24 de março, e transferida para Salvador no dia 11 de abril .
A investigada foi solta no dia 22 de abril, porque a Justiça decidiu não manter a prisão dela, por falta de provas. Na época, Maqueila revelou que teve um relacionamento amoroso com Shirley e que Leandro sabia .
Entenda o casoLeandro Troesch, dono da Paraíso Perdido, foi encontrado morto dentro de um dos quartos do estabelecimento, com marca de tiro na cabeça. Ele também já havia sido preso e condenado a 14 anos de prisão por crimes de sequestro e extorsão cometido em 2001. Este ano, ele estava em prisão domiciliar na pousada, assim como Shirley.
Em depoimento à polícia, a viúva disse que estava no banheiro e somente ouviu o barulho do tiro. Dias depois da morte de Leandro, no início de março, Marcel da Silva Vieira, conhecido como Billy, que era o "braço direito" do empresário, foi assassinado a tiros e tinha marcas de golpes de faca no corpo .
Ele era uma testemunha fundamental na investigação. Marcel, que tinha envolvimento com drogas, foi morto no dia 6 de março, às vésperas de ser ouvido pela polícia, no distrito de Camassandi, que também fica em Jaguaripe.
O homem, que era funcionário de confiança de Leandro, prestou depoimento logo após a morte do empresário, mas seria ouvido, mais uma vez, no dia 7 de março.
O delegado Rafael Magalhães, que investigava o caso, afirmou que o cofre da pousada foi esvaziado e que o local do crime foi alterado, após a morte de Leandro.
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